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sábado, 25 de dezembro de 2010

É Tempo de Refletir!



Mais um ano que está chegando fim e com isso mais um dezembro que carrega o prelúdio de um Feliz Natal e um próspero ano novo. Com o título do post, não quero resumir a necessidade de pensar e refletir sobre nossos atos e escolhas apenas ao período natalino, até porque isso seria um tanto improvável partindo de mim, já que acredito que a mudança real mora dentro da análise cotidiana das nossas atitudes enquanto seres viventes desta Terra. Não vou usar de hipocrisia para falar da data. É um momento muito esperado por mim, desde criança até agora, enquanto adolescente. As decorações, canções, troca de presentes... toda essa atmosfera que anuncia o dia 25 de dezembro sempre foi extremamente persuasiva em relação a mim e a outras tantas pessoas por aí.

Tenho procurado, ultimamente, afastar, em parte, a ideia de Natal das religiões. Admiro tanto a data e sua importância, que vejo como inadequado ligá-la completamente às religiões humanas, tendo em vista que estas veem entrando em declínio e desgraça; resultado da ambição e ganância daqueles que se dizem "Messias" da palavra divina entre os homens. Algumas igrejas, inclusive, têm passado pelo enfrentamento de processos condizentes a desvio de dinheiro e similares. E onde isso se passa? Nas ditas "santas casas". 

Óbvio também, que ainda existem pessoas que seguem acreditando em alguma religião e que são seres maravilhosos, responsáveis pela "não queda" dos pilares religiosos até então. São pessoas que fazem a diferença em meio a tanta dor, indignação e ignorância. Elas continuam lutando arduamente dentro de suas doutrinas para que o mundo ao seu redor possa ser um pouquinho, ou muito, melhor do que é agora. Eu saí desse meio para dar minha contribuição em outro, o qual acho mais relevante: o da educação.

Como descrever o Natal? É a data onde comemoramos o nascimento do menino Jesus, o nosso Salvador! Ele salvou a humanidade sim! E o que hoje vemos de ruim e de sujo entre os homens é produto das nossas escolhas e falhas. Fomos salvos uma vez. Então, no mínimo, deveríamos ter sido mais agradecidos e não ter deixado os homens caírem em desgraça como nos tempos atuais. Essa é a época mais propícia do ano para refletir sobre as coisas ditas, as escolhas feitas, as atitudes tomadas. É um tempo onde todos estão se preparando para o novo, o esperado ano novo. Cabe, então, refletir sobre quem fomos e quem queremos ser daqui para a frente. Se deixar abater pelas coisas tristes do mundo não é o objetivo aqui - Quero transmitir a simples mensagem de que devemos ser a mudança que queremos ver. Somos poucos? Sim, somos! Mas nenhuma revolução jamais existiu sem resistência. 

Desejo a todos os amigos e amigas, leitores (as) do blog, orkuteiros de plantão, twitters, facebookers e outros, um Natal de muita reflexão. Que todos possam refletir sobre o que essa data representa em sua essência e que a partir daí possamos ver com olhos livres o mundo ao nosso redor, sem nos prender a banalidades ao ideais distorcidos sobre o Natal, essa data que pouco tem a ver com religiões humanas; mas muito tem de ligação com o amor, a benevolência e a liberdade, virtudes do Pai atribuídas aos filhos e filhas como semelhança. Tenham todos um excelente dia e não esqueçam jamais de refletir...

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Filme da Semana: "Alice no País das Maravilhas"


"Alice no País das Maravilhas", um dos contos fantásticos mais famosos do mundo e de autoria de ninguém menos que o britânico Lewis Carroll, ganhou este ano uma genial adaptação cinematográfica que ficou por conta do diretor Tim Burton, conhecido pela sua genialidade em retratar mundos de fantasia de forma ainda mais atraente, além de atribuir toques de delicadeza, diversão e emoção quase que simultaneamente em suas produções. O senhor de quem vos falo também esteve na direção de outros longas como "A Fantástica Fábrica de Chocolates (2005)" e "A Noiva Cadáver (2009)".

Nessa nova adaptação para o cinema do texto de Carroll, a inovação está presente! Burton agora traz Alice ao País das Maravilhas com 19 anos de idade sem nenhuma lembrança "real" da última viagem que ela havia feito ao lugar onde as maravilhas estão vivíssimas aos 7 anos. A chegada ao mundo da fantasia pura não podia ser diferente, pois é através da toca do coelho que Alice novamente cai em um buraco quase sem fim até dar início à sua nova jornada. Lá, nossa personagem tão querida, e agora um pouco mais velha, terá de enfrentar as forças opressoras da Rainha Vermelha, a vilã da história, também conhecida como "Rainha de Copas". No entanto, com a ajuda do Chapeleiro Maluco, dos Tweedles e da Rainha Branca, em especial, Alice não estrá sozinha em sua missão - missão esta que até ela desconfia de ser dela mesmo!

Façamos menção aqui aos figurinos que beiram a perfeição dos personagens desse filme, com destaque para os belíssimos trajes da Rainha Branca (Anne Hathway), Rainha Vermelha (Helena Bonham Carter) e Alice (Mia Wasikowska). Johnny Depp, que deu vida ao Chapeleiro Maluco, também possui vestimentas atraentes e vivas, que só vêm a contribuir positivamente para sua atuação dentro da história. As performances mostram a essência da delicadeza das palavras de Carrol em seu livro, pois o elenco escolhido por Tim é constituído por grandes profissionais do cinema norteamericano e britânico conhecidos (as) por suas excelentes atuações e premiações oriundas de outras produções do cinema. O mesmo sucesso dos personagens "humanos" é dado às "criações" computadorizadas, como o Gato Cheshire, com seu sorriso de orelha a orelha, cheio de enigmas e insinuações.

Esse novo olhar sobre "Alice no País das Maravilhas" é, no mínimo, criativo! A ambientação, a trilha sonora, o elenco, os figurinos - tudo combina com a excepcionalidade da história de Lewis Carroll. Este é um filme indicadíssimo para aqueles e aquelas que gostam de se dar o prazer de sonhar, mesmo que só às vezes. É para os amantes do jeito intimista e mágico de Lewis Carroll escrever e, ainda para todos e todas que têm paixão pela literatura e pela arte. É para poucos (as), admito. Que tal, então, ser mais um (a) do grupo? Assista e comente sua opinião aqui, ela será bem vinda.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Livro da Semana: "Sete ossos e uma maldição", de Rosa Amanda Strausz

Dizem que a emoção mais forte e mais antiga do mundo é o medo, precisamente o medo do desconhecido. Rosa Amanda Strausz apostou nisso e escreveu 11 contos de terror de deixar o coração acelerado e a respiração entrecortada. Nada explícito ou de mau gosto, como sangue espirrando e miolos saltando. Pelo contrário, é tudo sugerido, e a imaginação de cada leitor é que se encarregue de formar as cenas macabras. Exemplo disso é o conto que abre o livro: "Crianças à venda. Tratar aqui". Nele, uma mãe miserável e oportunista resolve vender os filhos para, em primeiro plano, melhorar sua vida e, em segundo plano, a de sua prole. No entanto, quando vende o último filho, Fabiojunio, a felicidade esperada não vem, pelo menos para a criança. A irmã mais velha, Simara, desconfia dos compradores e depois, quando chegam as fotos de Fabiojunio na nova residência, ela acha muito estranha a expressão do menino. Convicta de que há algo de errado naquela história, resolve investigar e o que descobre é bastante aterrorizante. Rosa A. Strausz é jornalista, formada pela UFRJ. Além dos livros que escreve, produz textos e roteiros para diversos meios (jornais, publicidade, rádio, multimídia, hipertexto, etc.). Também edita o portal Doce de Letra, que é o maior em língua portuguesa sobre literatura infantil. Segundo ela própria: "Estou sempre procurando um novo jeito de olhar, e escrever para crianças e adolescentes é quase consequência natural de viver procurando pontos de vista diferentes. Dar oficinas e palestras para professores e crianças é outro jeito de buscar esse olhar glutão: é no contato com o meu público que troco as lentes e encontro novos jeitos de ver." 

Medo. Um medo avassalador, sutilmente construído. É isso que vocês irão sentir quando penetrarem na atmosfera de terror deste livro. Sem escapatória, completamente seduzidos, irão entender que não haverá mais volta. Para sempre. Maldição? Talvez redenção. A escolha é de vocês!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A literatura de Poe: liberdade vs. fatalidade


Nas narrativas de Poe, está em curso uma imaginação livre, moderna e poderosa. Há sempre um sujeito muito claro que enuncia o relato e está sempre em cena uma linguagem que "Aparece", como diria Foucault. Esta marca de vincada subjetividade torna-se visível, por exemplo, no conto "Silêncio", que dá corpo a um curioso diálogo entre o demônio e o narrador, junto ao túmulo deste último, sob o pano de fundo de uma paisagem que se vai alterando. Metamorfose que por si se explica como se fosse um ato que não carece de criador ou explicativo: é este mesmo o cerne do emergir literário.

O modelo de diálogo onde o demônio intervém surge em outras narrativas como, por exemplo, em "O Gato Preto" (J'adore! =]). O trânsito entre a vida e a morte torna-se aí realmente chão, direto e, sobretudo dissociado da parábola ou do caráter de alegoria ou "exempla", o que jamais aconteceria nas literaturas pré-modernas que sempre separaram a esfera do divino e a esfera dos homens. Os personagens de Poe são sempre sujeitos ativos que edificam, matam ou redimem, sendo tão-só guiados pelo que resulta das virtualidades literárias da imaginação e da linguagem. O mesmo pressuposto de jogo criativo viria, no futuro, a revelar-se no cinema em alguns dos mestres do expressionismo cinematográfico alemão, como Fritz Lang ou Murnau.

Em Poe, a cena ficcional é sempre atraída por uma ideia de fatalidade, ao fim e ao cabo um modo de questionar os sentidos que a então recentíssima vida moderna e urbana colocava em marcha. Ao longo de séculos, as providências haviam acautelado a harmonia entre os deuses e os homens, mas agora, separados dessa junção protetora, os personagens de Poe mais não fazem do que profeticamente prenunciar - passe a redundância - a negatividade do sujeito moderno, tão do gosto de Baudelaire, Nietzsche ou Ortega Y Gasset, etc.

Em contos como "Ligeia", "Gato Preto", "O Rei peste", "Berenice" ou "Eleanora", a fatalidade acompanha toda a trama e chega mesmo a ser assinalada pela voz que narra: "Já não era capaz de me reconhecer. A minha alma original pareceu fugir-me de repente do corpo"; ou "Falarei apenas daquele aposento, para sempre amaldiçoado ao qual, num momento de loucura, conduzi como minha esposa - como sucessora da inolvidável Ligeia - a minha loura (...)".

Ao contrário dos monstros e "portenta" que, no imaginário pré-moderno, eram habitantes de um alhures legitimado de modo metafísico, nas narrativas de Poe a topografia das monstruosidades e fantasmas abre-se à empatia do quotidiano, sendo fruto de um puro jogo da linguagem literária. Tal ocorre, quer através de um olhar que filtra o ambiente das novas cidades e as novas visibilidades do quotidiano, quer através de um olhar preso à idealidade romântica e gótica que visiona ruínas medievais e espectros desolados. Literatura de fusão feita a partir de uma simbiose de olhares, como se vislumbrasse uma espantosa intuição do tropo fotográfico, fenômeno, também ele, emergente e contemporâneo da obra e da vida do autor.

[Texto de Luís Carmelo]

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Individualismo e falta de humildade?

Nosso destino é fruto, muitas vezes, das nossas próprias escolhas. Somos postos diante dessas desde cedo e o quanto mais rápido aprendermos o poder que elas têm sobre nós, menores, possivelmente, serão os desentendimentos futuros em relação ao que você julga "adequado" ou "inadequado" em qualquer assunto. Quando escolhemos o que é certo, ao invés do que é fácil, não estamos simplesmente sendo "bons samaritanos". Ao entender o valor das escolhas coerentes e da influência dessas sob a vida de muitas pessoas subjugadas à pobreza, à humilhação e à ignorância e, além disso, levá-las à prática, deve se ter em mente que existirão vários grupos de diferentes pessoas unidas através de um único objetivo: resistir à mudança, à boa mudança. As resistências variam de acordo com o "ethos" de cada indivíduo, o que na realidade se apresenta por meio da forma como este irá se mostrar contrário ao que está sendo proposto. As situações são variadas e inusitadas, e partem desde o simples desprezo silencioso a atitudes mais claras, como induzir outros indivíduos à alienação e ao conflito político em defesa de ideologias distorcidas e fundamentadas em banalidades. Definitivamente, não é fácil ser diferente. O diferente é chocante e vem, acima de tudo, quebrar algum paradigma, seja ele qual for! Quem intenta mesmo diante das advertências óbvias das forças resistentes tem, ou deveria ter, ideia dos obstáculos a serem criados com o objetivo de não acabar o império da estagnação e do mesmo de sempre de cada dia. As razões que podem levar alguém a ter esse tipo de comportamento são diversas e envolvem, principalmente, o contexto em que as mesmas receberam educação; isso gira em torno, na verdade, de um questionamento perturbador, que nem todos têm coragem para se propor - "Que educação eu aprendi" e "Que educação eu dou". No entanto, nas ideias de contexto e situação de ensino expostas, é necessário que também se entenda que as pessoas estão vivendo em pleno século XXI - a dita "era da comunicação". Não podemos simplesmente  fechar os olhos às alterações que os métodos arcaicos e ultrapassados de uma educação secular, por exemplo, vêm sofrendo. Não há nomeação mais útil nesse caso do que "negligência" - ato ou ação de fingir que o que está acontecendo não está acontecendo. Quando questionadas sobre tais posicionamentos, os indivíduos da cortina de ferro da resistência contrapõem argumentando em cima de um ponto que fere até os mais libertários possíveis em relação à sua posição e ideologias como um todo - "Será que você não está sendo egoísta, manipulador, egocêntrico, individualista ou até mesmo esteja agindo sem qualquer humildade ao implementar ideias revolucionárias?" Ora, o sentimento de culpa dá e passa, porque quando vemos com olhos mais racionais e menos emocionais é perceptível que é bem mais fácil culpar alguém pelo o que eu não me proponho a fazer. É bem mais fácil fazer as pessoas se sentirem mal por coisas que eu faço, ou desfaço, acontecer. É muito mais fácil alegar que as pessoas que se envolvem dos pés à cabeça com os ideais libertários em busca de uma educação, de fato, libertadora façam isso sem um resquício de humildade com o intuito de menosprezar todos ao seu redor e, além disso, de promover a imagem pessoal de profissional perfeito, sem falhas. A questão agora é: que caminho seguir? O caminho das palavras fáceis de serem ditas ou das ações corretas e árduas de serem realizadas?

sábado, 4 de dezembro de 2010

Livro da Semana: "A alegria de ensinar", de Rubem Alves.


Rubem Alves é um grande ídolo particular meu. Escreve sobre educação sem hipocrisia ou demagogia, pois é um verdadeiro educador. Em um dos seus livros que tratam de questões voltadas à educação, "A alegria de ensinar", podemos perceber o quanto somos por vezes incoerentes com nossos professores, enquanto alunos, e com nossos alunos, enquanto professores. A tarefa de ensinar, segundo Rubem, não é fácil e, aliás, tem de ser difícil e árdua mesmo. É assim que as pessoas valorizam as coisas, quando sofrem para obtê-las. No entanto, não é porque a tarefa é um veraddeiro desafio, que não possa ser executada com alegria e dinamismo.Alegria - é o que tem faltado nas nossas escolas, nos nossos docentes e alunos. Geralmente, não se vai mais à escola por prazer. As crianças e adolescente cumprem regras secas e ditatoriais em sala, como, por exemplo, não refutar a opinião do professor, ser todo poderoso e sagrado em sala. Muitos professores apenas vão cumprir horário, porque o que importa para eles é receber seu salário ao fim de cada mês. É preciso, segundo o autor, estabelecer nas instituições de ensino o sentimento de alegria, incitar as pessoas a estudarem e ensinarem por amor, prazer. Não é algo muito complexo. Imaginem se em todo as aulas, ou na maioria delas, cada professor entrasse em sala sorrindo, feliz, contente por estar ali? Como seria se todos os professores se colocassem em pé de igualdade cognitiva com seus alunos? Pensem como seria ver todos os professores se auto-avaliando e propondo que os seus alunos também o avaliassem? Nesse livro, Rubem Alves nos põe de frente para esses questionamentos e é isso que a alegria de ensinar propõe. Ele também fala dos heróis anônimos, os professores e professoras, que fazem o melhor todos os dias em suas salas, se preocupando com seus alunos e instigando-os a amar o conhecimento. São esses heróis e heroínas que merecem destaque, pois trabalham alegres, apesar de tantas atribulações que perpassam a atividade docente. "A alegria de ensinar" é uma obra indicada a todos que desejam saber como ser alegres, como seduzir os alunos na educação com a alegria e, fazem de tudo, para aqueles que partilham do sonho de uma educação cada vez mais inclusiva e alegre.

Orgasmo educacional & Orgulho do aprendizado - parte 2

A crença de que é na educação que atingiremos a verdadeira liberdade é disseminada por aí já tem um tempo. Certamente, não é a maioria das pessoas que condiz com os ideais libertários na educação; muitos porque nem os conhecem, outros por receio de aplicá-los e saírem frustrados da experiência e outros por simples ignorância e alienação mesmo. Isso tudo (principalmente o último grupo de profissionais citados), obviamente, tem uma certa carga negativa sob o desenvolvimento da educação libertária. Mas para por aí! Porque quando se acredita em algo verdadeiramente, com muita força e determinação e se luta por isso, se chora, se dança e ri por isso também, as coisas acontecem. Estejam certos, porque venho tendo a comprovação de tudo que falei a algum tempo, o que não tornas minhas palavras vazias e utópicas. 

Os alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental - Anos Finais da Escola Municipal Adalberto Nobre de Siqueira (escola onde leciono Língua Portuguesa e Cultura do RN) estão todos de parabéns pelo esforço que veem empregando nas atividades do projeto "Semana de Línguas" e 2 edições até então realizadas - "Literatura de Terror: uma visita à elegante essência do medo" & "A magia da palavra no limiar da Literatura Fantástica". Não existe sucesso de fato sem trabalho. O único lugar onde, provavelmente, o sucesso venha primeiro que o trabalho é nos dicionários. Meninos e meninas dessas turmas, sob orientação da minha pessoa, da nossa grande parceira na escola, a supervisora Andréia Laureano, bem como da professora Francisca das Chagas e do professor Nilson Lima, puderam analisar as diversas formas de manifestação e representação social que uma língua pode assumir. Livros, músicas, filmes, vídeos, fotografias - são inúmeras as maneiras de analisar aspectos da Língua Portuguesa, e de quaisquer outras, em sala de aula. 

Os "parabéns" se estendem além do esforço e sucesso do projeto "Semana de Línguas" entre os alunos e alguns poucos professores da escola! Ontem recebi a notícia de que nosso projeto havia ficado em 1º lugar no PRÊMIO CONSTRUINDO A NAÇÃO 2010-2011, na classificação dos projetos de "Destaque Social" (projetos com menos de 1 ano de atuação), onde concorremos com cerca de 200 projetos de todo o Brasil, com ênfase nas regiões sul e sudeste, onde os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul eram maioria com número de projetos inscritos. Estou irradiando até agora! Emocionado, nervoso, feliz, eufórico - tudo junto. Já chorei, ri e dancei o que podia e o que não podia com os meninos, pois essa conquista está na história e será lembrada por eles até o fim da vida. Não é drama, vejam só: projetos de grandes escolas privadas e escolas públicas das regiões mais desenvolvidas do país não tiveram seu projetos selecionados em 1º lugar, mas uma escolinha localizada no interior RN, na cidade de Ipanguaçu e, ainda, distante 22km do centro da cidade consegue arrebatar tal classificação. É de fazer os olhos de qualquer pessoa, que seja sensível, brilharem e lacrimejarem. Muito, muito, muito orgulhoso mesmo do quanto aquelas crianças evoluíram e de que como o esforço delas em crescer e mudar suas realidade e a do mundo ao redor delas. Tudo isso através da leitura, da literatura. É encantador e gratificante ver no que termina simples indicações de livros para leitura em sala e em casa. Parabéns meninos, vocês merecem cada coisa que conquistam!

É depois de experiências como essas que entendo cada vez mais qual é o meu papel por aqui, nesse mundo. É com amor, dedicação e senso libertário que se constrói um educação centrada e coerente. É por acreditar nos alunos, no desenvolvimento e trabalho deles que é possível conseguir tais resultados em condições tão adversas. "Eu amo meu trabalho".

Para finalizar, ontem foi encerrada a 2ª edição da Semana de Línguas, que teve como tema a Literatura Fantástica. O evento foi iniciado na quarta-feira (01/12) com as exposições e apresentações culturais baseadas nos livros "O Pequeno Príncipe" (6º ano), de Antoine de Saint-Exupéry, "Harry Potter e a Pedra Filosofal" (7º ano), de J.K. Rowling, "Alice no País das Maravilhas" (8º ano), de Lewis Carroll e "As Crônicas de Nárnia" (9º ano), de C.S. Lewis. Na quinta-feira (02/12) aconteceram as oficinas sobre a história da literatura de fantasia e de como utilizar jogos pedagógicos em aulas de Língua Inglesa e Língua Espanhola. Ontem, (03/12), nossa 2ª Semana de Línguas foi encerrada com o baile fantástico, onde todos os alunos, e eu (é claro!), dançamos muitos, praticamente até entrar em coma. Foi maravilhoso, nos esbaldamos mesmo com as music dance do momento e, ainda bem, que muitos de vocês, leitores e leitoras, não me viram ontem, pois meus estado físico e psicológico não condizia nada com minha postura formal de sempre. Me diverti muito com os meninos e comemoramos nossas vitórias ao longo deste ano letivo. Eu propus a revolução, os alunos aceitaram e, assim, botamos a cara na praça! Resistência? Só o que houve, claro.  Até ontem, em plena comemoração e encerramento do nosso projeto, as pessoas do "contra" e do "nada dá certo" e do "tudo isso é uma besteira" quiseram mostrar suas asinhas! Mas, ressalto, só quiseram, pois o baile aconteceu, foi um sucesso, os meninos curtiram muito e quase morri de dançar, mas cumpri minha meta de dançar com todos os cento e bolinha alunos e alunas para os quais leciono.  Sabem, já me importei mais com essas pessoas, tentei ser solidário, mas nada deu muito certo. Então, não estou nem aí para nenhuma delas, o que me importa são os alunos, é para eles, e só para eles, que tudo isso é pensado e feito, e os demais que continuem em suas confabulações no intuito de destruir nosso movimento pela educação libertária através da literatura, até porque, como bem dizem o título do post e minha pretty English teacher Pri Aliança, "não existe revolução sem resistência". E bem, enquanto eles resistirem, nós revolucionaremos. Quando eles pararem... é sinal de que ganhamos mais uma batalha!

domingo, 28 de novembro de 2010

O Evento Cinematográfico de 2010


"Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 1" é uma obra prima do cinema que vai além das expectativas criadas por cerca de 1 ano e meio de intensos períodos de gravação nos estúdios Leavesden ou nas florestas, e demais locações, da Grã-Bretanha. Diferente do que muitos críticos céticos já pressupunham antes mesmo do lançamento, a primeira parte do final épico do maior estrondo literário em décadas é clara e objetiva na transmissão de suas mensagens, o que somado aos belíssimos figurinos, como foi o caso do vestido de casamento de Fleur Delacour e dos trajes de gala dos protagonistas Harry, Rony e Hermione, e à excepcional trilha sonora de Alexander Desplat, que aguçou ainda mais o tom de emoção, humor e perigo da cada cena, nos rendeu uma produção cinematográfica memorável e digna do status de "clássico". 


Para aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de ler os textos de J.K. Rowling, mas assistiram a todas as adaptações para o cinema, o entendimento das sequências desse novo filme da série pode se tornar um pouco difícil, devido à grande quantidade de fatos e situações que acontecem durante as quase 2 horas e meia de duração do mesmo. Porém, nada que uma boa memória e percepção geral da história (no caso de quem assistiu apenas aos filmes) resolva, já que a destreza do roteirista Steve Kloves, junto à direção espetacular, e nada hollywoodiana, de David Yates contribui muito para que o filme não seja "um emaranhado de cenas e mais cenas, que não tenham nada a mostrar e dizer realmente", nas palavras do Sr. Prof. Pasquali - é, aquele mesmo que só fala em gramática e tal. 


As atuações de Daniel Radcliffe (Harry Potter), Emma Watson (Hermione Granger) e Rupert Grint (Rony Weasley) nunca estiveram melhores. Os atores evoluíram bastante em vários aspectos, que vão desde encenação e expressão facial até a total imersão no universo emocional de cada personagem, o que é bem perceptível em vários momentos da história. É uma grande viagem, onde as crianças cresceram e têm nada menos que a missão de procurar e destruir as horcruxes, objetos criados a partir de magia negra, que contêm pedaços da alma do bruxo mais poderoso de todos os tempos, Lord Voldemort. Nossos protagonistas não possuem nenhuma pista, mapa ou caminho certo, inicialmente, em relação à localização desses objetos, o que dificulta sua procura e causa conflitos entre o trio, como a discussão entre Harry e Rony, que acaba na partida deste último até determinado ponto da produção. 


O filme faz juz ao livro, pois é até agora a produção mais verídica em relação à história escrita sem sombra de dúvidas. No entanto, o acréscimo de cenas especiais, que vinha dando errado, de certa forma, nas outras 6 adaptações cinematográficas, brindou aos espectadores de "Relíquias da Morte 1" com o momento em que Harry e Hermione dançam juntos (logo após a partida de Rony) na cabana ao som de "O Children", uma canção belíssima de Nick Cave com participação dos The Bad Seeds, que Hermione está escutando no rádio no momento em que Harry a convida. A química entre Daniel e Emma nesta cena é perfeita. Conseguimos sentir o tom de entrega e submissão de um para com o outro ao dançarem; a vontade de Harry de fazer Hermione sorrir; e o quanto essa se dá no momento, aproveitando cada passo engraçado da dança dos dois. É um dos momentos mais tocantes do filme.



Porém, não se enganem achando que este é um filme de romance apenas. O medo e o suspense ficam por conta dos Comensais da Morte e dos sequestradores, seguidores do Lord das Trevas, mas, principalmente, pela cobra Nagini - esta sim, responsável pelos gritos, sustos e momentos de suspense e apreensão de quem assistiu, e assistirá, a nova adaptação da franquia Potter. Outras figuras bem sinistras e extrovertidas como Batilda Bagshot, Xenofílio Lovegood e Grindewald atraírão a atenção daqueles que tiverem o privilégio de assitir o filme. 



Bem, contar o filme de cima a baixo seria um máximo, mas não essa minha função aqui. Quero apenas deixá-los a par do quão épica e maravilhosa é a primeira parte da adaptação de Harry Potter e as Relíquias da Morte. Este é um filme que mescla romance, tristeza, sofrimento, humor e ação. São sequências fortes, marcantes, nos mostrando o verdadeiro perfil que o livro possui. Vocês estarão acompanhando o início do fim da trajetória de crianças que cresceram no reduto seguro da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts e agora encontram-se em fuga constante da morte. Elas lutam pelo bem, belos valores do amor, por tudo que as fez derrotar bruxos malignos, aranhas gigantes, basilisco, dementadores, criaturas mágicas, conspirações políticas e maldições em todos os outros livros/filmes.  E, como nos demais momentos passados da franquia de cinema, eles também contam com a ajuda de grandes heróis nesse novo momento do cinema, como os elfos mágicos Dobby e Monstro, o artesão de varinhas, Olivaras, e do casal anglo-francês, Gui e Fleur. Não é só um monte de feitiços ou bruxos e bruxas. É algo maior que isso, pois a verdadeira magia está nas emoções que essas histórias são capazes de despertar em crianças, adolescentes, adultos e idosos. O real encantamento está na forma de ensinar sobre princípios centrados no bem, sobre a forma de falar da morte e de saber enfrentá-la. 



Eu, assim como milhares de outras pessoas, me sinto triste por saber que está chegando o fim, ao menos temporário, de toda essa história. Sinto um vazio, é como se a ficha ainda não tivesse caído e a gente esperasse que algo a mais viesse. O que nos consola é saber que apesar de tantas críticas, tanto desacreditamento e tanta falta de senso e toque literário por parte de quem insiste em fazer de "Harry Potter" apenas um fenômeno mercadológico de quinta categoria, esta série não será um clássico do futuro. Ela já é. Eu li, meus filhos lerão, os filhos deles lerão e assim a hegemonia da fantasia, da coragem e da incessante batalha do bem contra o mal serão coisas que daqui a 100 anos serão assunto de pessoas como nós. Diferente de outras formas de cultura, que sim, essas passam, a história de três bruxinhos de 11 anos que entram em um castelo cheio de luzes através de um lago e daí crescem e se debatem com coisas e mais coisas só acaba de começar...


Filme da Semana: "A Onda"



Do diretor Dennis Gansel, "A Onda" é uma análise brilhante do poder de contaminação do fascismo nos dias de hoje. Rainer Wegner, professor de ensino médio, deve ensinar seus alunos sobre autocracia. Devido ao desinteresse deles, propõe um experimento que explique na prática os mecanismos do fascismo e do poder. Wegner se denomina o líder daquele grupo, escolhe o lema "força pela disciplina" e dá ao movimento o nome de A Onda. Em pouco tempo, os alunos começam a propagar o poder da unidade e ameaçar os outros. Quando o jogo fica sério, Wegner decide interrompê-lo. Mas é tarde demais, e A Onda já saiu de seu controle. O filme é baseado em uma história real ocorrida na Califórnia em 1967 e é indicado a todos (as) que desejem entender o sistema autocrata e, ainda, como este poderia sim voltar à tona em plena contemporaneidade. Ao assistir tal obra, percebemos que os ideais, preceitos e princípios (se assim podemos chamar) de Adolf Hitler e seu nazismo podem ressurgir do passado da forma mais simples possível: em uma sala de aula. Isso mesmo: alunos e professor. E só. A autocracia, em linhas gerais, é um regime político, onde "todos protegem todos" do grupo, seguem rigorosamente as regras impostas pelo grupo e são liderados por alguém, que "acreditam" exercer o mesmo poder que eles.

Obra apresentada, sintetizada e o convite lançado! Confiram, amigos (as)!

Livro da Semana: "A hora da estrela", de Clarice Lispector



Clarice Lispector foi uma mulher intimista, ela não escrevia por fora, mas por dentro. Era essa sua principal característica e marca primordial dos seus textos. Lançada um pouco antes de sua morte em 1977, "A hora da estrela" é uma obra que trata, dentre outros tantos assuntos, da ideia de existencialismo, trabalhada em cima da personagem Macabéa, uma nordestina que sofre retaliações por parte de uma tia durante toda a infância e juventude e, após a morte dessa, parte para a cidade do Rio de Janeiro em busca da vida (será?). Além de apresentar em pouquíssimas páginas mensagens que nos põem diante de reflexões necessárias sobre vida, morte e nossa posição em relação a tudo isso, Clarice toca em um tema de interesse público, ao menos em nossa região, que é a questão das relações discriminativas e preconceituosas voltadas para homens e mulheres sertanejos, nascidos e criados no campo, e que em algum momento de suas vidas decidem enfrentar a cidade grande. 

Macabéa não possui pensamento, dissernimento ou amor próprio aparentes. Em vida. Mas alguém abre os olhos dela, assim como uma infinitude de pessoas que passam pelas nossas vidas com suas verdades. Não é bom negar, não é bom repudiar. Cada um é cada um e o que nos torna alguém são nossas escolhas e jamais nossos bens. Macabéa, mesmo inconsciente disso, escolheu o melhor. Escolheu acreditar. E foi nessa escolha que a vida atravessou o véu da imortalidade e a infelicidade fez-se felicidade, a ignorância fez-se conhecimento e o existir passou realmente a existir.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

1000 visitantes

Olá, queridos e queridas visitantes do "Na educação, a libertação!".
É um imenso prazer ter chegado, em tão pouco tempo, à marca de mais de 1000 visualizações de página. Fico muitíssimo agradecido a todos (as) que leem meus textos, comentam e sempre voltam à procura de mais ideais libertários. Ou, enfim, das indicações de músicas, filmes e livros.
Tudo isso é feito com muito carinho para poucos (as), já que proponho com este espaço uma revolução, e como diria minha mentora, Priscila Aliança, "não existe revolução sem resistência".
Meu tempo é mega hiper escasso e, por isso, minha vida pessoal está indo um pouco mal. No entanto, o tempo para escrever é sagrado e crucial! É aqui que eu me liberto e proponho tal sentimento libertário aos demais. 

Obrigado visitantes! A educação agradece a participação de vocês. :)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A importância da leitura!


As tecnologias do mundo moderno fizeram com que as pessoas deixassem a leitura de livros de lado, isso resultou em jovens cada vez mais desinteressados pelos livros, possuindo um vocabulários cada vez mais pobres. A leitura é algo crucial para a aprendizagem do ser humano, pois é através dela que podemos enriquecer nosso vocabulário, obter conhecimento, dinamizar o raciocínio e a interpretação. Muitas pessoas dizem não ter paciência para ler um livro, no entanto isso acontece por falta de hábito, pois se a leitura fosse um hábito rotineiro as pessoas saberiam apreciar uma boa obra literária, por exemplo. Muitas coisas que aprendemos na escola são esquecidas com o tempo, pois não as praticamos, através da leitura rotineira tais conhecimentos se fixariam de forma a não serem esquecidos posteriormente. Dúvidas que temos ao escrever poderiam ser sanadas pelo hábito de ler, talvez nem as tivéssemos, pois a leitura torna nosso conhecimento mais amplo e diversificado. Durante a leitura descobrimos mundos novos, cheios de coisas desconhecidas. O hábito de ler deve ser estimulado na infância, para que o indivíduo aprenda desde cedo que ler é algo importante e prazeroso, assim com certeza ele será um adulto culto, dinâmico e perspicaz. Saber ler e compreender o que os outros dizem nos difere dos animais irracionais, pois comer, beber e dormir até eles sabem. É a leitura que proporciona a capacidade de interpretação. Toda escola, pública ou privada, deve fornecer uma educação de qualidade incentivando a leitura, pois dessa forma a população se torna mais informada e crítica.




Amizade



Amizade. É bonita, sincera em sua gênese e dificílima de encontrar por aí. É uma coisa do tipo que não se acha em qualquer esquina. É um valor muito pregado e propagado, mesmo que demagogamente, em nossa sociedade. Mas muito disso tudo é uma ilusão, que é doce até certo momento, até enquanto durem as máscaras e a verdade tão imprevisível apareça e pronto. A verdade é que hoje fazer bons e verdadeiros amigos não é fácil, pois as pessoas estão corrompidas por outros "valores", como o dinheiro, o poder e a inveja. Porém, sempre há uma luz ao fim do túnel para aqueles que acreditam em sua real existência. Ainda existem boas pessoas em nosso mundo e são dessas que poderemos nos valer, porque mesmo que vivam em pequeno número aqui em nossa Terra, sua beleza, bondade e justiça são tão grandes e virtuosas que chegam a dar as esperanças que nós cultivamos, muitas das vezes diferentes, assumo, mas sempre findando no ideal de um mundo que veja bem além da necessidade de poder e dominação. O sentimento de amizade é complexo de se descrever, talvez impossível. Reconhecemos a amizade não só pelas palavras que a descrevem, mas muito mais pelas sensações e emoções que ela irradia.

Durante toda a nossa vida conhecemos pessoas, em grandes e pequenos números. Fazemos ótimos amigos e amigas, que com o passar dos tempos são separados da gente, seja pelas nossas escolhas, seja pelas deles. O que fica é o que foi construído antes de cada um seguir um lado da vida. A gente acha que nunca vai se afastar, que sempre vai estar ali do lado, que seremos os melhores amigos do mundo até que a morte nos separe. Ilusão, infelizmente. As coisas mudam e as pessoas também, feliz ou infelizmente, que o seja. 

Interessante isso, pois mesmo já tendo passado por essas transições, agora me ponho à frente de outra dessas e ainda me parece tão estranho e me faz sentir tão mal. Mas bem, ao menos já sei o "porque" de me sentir assim. Novidade é que: paralela à transição de "perda" cresce o "ganho", pois em uma viagem recente feita com pessoas interessantes pude conhecer melhor gente que não tinha tido a oportunidade de conviver mais tempo antes. Amizades novas nasceram, expectativas também. Já penso que durarão para sempre! Estranho, não? Mas é... O que seria do homem se ele não se desse ao luxo de sonhar?

sábado, 20 de novembro de 2010

20 de Novembro - Dia da Consciência Negra


Comemorado no dia 20 de novembro aqui no Brasil, o dia da consciência negra é mais uma oportunidade de por em xeque a questão do negro, sua inserção social e representação histórico-cultural. A data foi escolhida no intuito de coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1965. Mais do que uma simples "data comemorativa", este dia tem uma carga de necessidade e responsabilidade social por si só, pois pressupõe-se aqui que todos os dias 20 de novembro deveriam ser dedicados a homenagear a figura negra, suas identidades. No entanto, ainda estamos no momento de debater sobre a real situação dos negros e afrodescendentes em nosso país e mundo. E não de simplesmente comemorar.

Todos os anos, todos os dias, todas as horas renovo minhas esperanças de que a educação é o caminho mais eficaz e seguro na busca do respeito mútuo à diversidade étnico-racial e às identidades culturais, principalmente. O primeiro passo para que a educação étnica possa realmente ser algo real em nosso país é promover a implementação da Lei 11.645/08 nas escolas brasileiras. O seu texto é bem claro quanto à OBRIGATORIEDADE do ensino da história e cultura africana, afrobrasileira e indígena nas turmas de ensino básico e tecnológico público do Brasil. 

O principal desafio a que todos devem se propor vencer é estudar/ensinar as relações de diversidade cultural e étnica sem hierarquizá-las. Não há como falar de educação libertária com imposição de condutas pessoais em sala de aula ou em qualquer outro contexto. Exemplificando... o professor curte muito o forró de Luiz Gonzaga e não gosta nada de Aviões do Forró. Em sala, ele destrói o forró  de um e só fala do outro. A ideia não é bem essa, entendem? É óbvio que há muitas letras de Luiz Gonzaga que tratam de questões sociais, denúncia, vida pessoal e tal. Enquanto que nas letrinhas de Aviões isso não é tão efetivo. Trocando em miúdos, o papel do professor neste caso é apresentar ao aluno as origens do que ele escuta e gosta e, então, propor comparações e paralelos. É bem mais útil e libertário, digamos, pois o aluno não vai se sentir oprimido pelo seu profe. Uma saída interessante é mostrar o que há do forró de Luiz Gonzaga no forró de Xandinho e Solange, por exemplo. Ritmo? Instrumentos? Temática? 

A questão é que vivemos em uma sociedade em que a cultura de massa é sempre muito bem vinda para  maioria, no caso, a massa. E temos que ter jogo de cintura em sala de aula para lidar com isso sem menosprezar os conhecimentos prévios do aluno. Ele sabe, mas não sabe que sabe (na maioria das vezes). Una o útil ao agradável e promova o respeito à diversidade cultura, étnica e identitária!

Filme da Semana: "Sociedade dos Poetas Mortos"


"Ele fez de suas vidas algo extraordinário"

O professor John Keating entra na sala de aula assobiando, é o primeiro dia do ano letivo, passa pelos alunos e desperta olhares curiosos, encaminha-se para uma outra porta, de saída para o corredor, todos seus pupilos ainda estão de sobreaviso, curiosos e sem saber o que fazer. Keating olha para eles e faz um sinal, pedindo que os estudantes o acompanhem. Todos chegam a uma sala de troféus da escola, onde ao fundo podem ser vistas fotos de alunos, remontando ao início do século, fazendo-nos voltar ao começo das atividades da escola. Pede-se silêncio e, que a atenção de todos volte-se para os rostos de todos aqueles garotos que freqüentaram aquela tradicional instituição de ensino em outros tempos.

O que aconteceu com eles? Para onde foram? O que fizeram de suas vidas? Suas vidas valeram a pena? Perguntas como essas são lançadas aos alunos. Muitos ainda sem saber o que estariam fazendo ali, afinal, não era para estarmos estudando literatura inglesa e norte-americana?

Desconforto e desconserto. O personagem do professor Keating, vivido pelo eclético e versátil (além de extremamente talentoso) Robin Williams, conseguiu o que queria. Deixou seus alunos em dúvida. Iniciou seu relacionamento com eles tentando demovê-los de sua passividade, provocando-os a uma reflexão sobre a vida. Afinal, será que estamos fazendo valer nossa existência? "Carpe Diem", ou seja, aproveitem suas vidas, passou a ser como uma regra de ouro a partir de então para alguns de seus alunos, afinal, vejam o exemplo daqueles que já estiveram por aqui (retratados nessas fotografias esmaecidas, amareladas) e pensem se vocês querem que o tempo passe e vocês venham a se tornar "comida de vermes" em seus caixões sem que nada do que tenham feito por aqui tenha repercutido (como, acreditem, muitos desses jovens das fotografias o fizeram, deixando passar a vida sem perceber a riqueza contida na mesma).

Para fazer com que suas existências tenham valor vocês devem viver com intensidade cada dia que lhes é dado, cada momento que lhes é concedido, cada experiência a qual tem acesso, diz com sabedoria inconteste o ilustre mestre Keating. Por isso, repete, "Carpe Diem".

"Sociedade dos Poetas Mortos" foi, em seu ano de lançamento (1989), candidato ao Oscar em várias categorias, levou para casa o prêmio de melhor roteiro (com enorme justiça dado a Tom Schulman) e, para a decepção de muitos (entre os quais me incluo), não foi agraciado como a melhor produção daquela temporada. Uma injustiça irreparável tendo em vista a qualidade do roteiro, a mão sensível do diretor Peter Weir, a atuação de Robin Williams e do jovem elenco que depois ganharia notoriedade em outras produções pelas suas grandes habilidades dramáticas (principalmente Robert Sean Leonard e Ethan Hawke) e a fotografia excepcional com locações lindíssimas.

Como já se viu, trata-se da história de um grupo de jovens alunos que tem o privilégio de trabalhar com um professor visionário, de atitudes inesperadas, que os instigou a pensar por conta própria (o que lhe rende críticas dos colegas e da instituição) e que arrebatou-lhes os corações. Por ter sido aluno dessa escola, Keating teve sua vida acadêmica retratada nos famosos "Year books" das "high schools" norte-americanas e, entre as informações sobre esse nobre aluno, consta uma a respeito de ter participado de uma tal "sociedade dos poetas mortos". Essa informação desperta a curiosidade dos alunos, que lhe pedem informações acerca das atividades desse grupo. Informados de que se tratava de uma turma de alunos que se reunia para ler poesias e aproveitar tudo aquilo que aqueles grandes escritores tinham produzido para seu próprio prazer e engrandecimento, resolvem fazer com que a "Sociedade" ressurja.

Não é só a sociedade que retoma suas atividades, todos os alunos envolvidos se vêem as voltas com uma verdadeira renovação em suas existências, todos encontram novos interesses e vocações, todos parecem ter despertado de um sono profundo, de uma letargia tão envolvente que parecia tragar-lhes a juventude sem possibilidade de volta.

O professor Keating deu a eles uma oportunidade sem igual e, ao mesmo tempo, fez com que os estudantes fossem se encantando com a literatura (que nos fala daquilo que é essencial, verdadeiramente fundamental em nossas vidas, o amor, a amizade, a paz, a dor e as desilusões; segundo Keating, estudar para que nos tornemos advogados, engenheiros ou médicos é importante, mas o que torna nossas existências válidas tem a ver com o espírito, com o prazer e, a poesia, a literatura, são fontes riquíssimas nesses quesitos).

Ao lidarmos com adolescentes muitas vezes, por conta do excesso de atividades, dos programas extensos que temos que cumprir, das avaliações ou do nosso próprio descaso, deixamos de vê-los como pessoas em formação, que alimentam sonhos e fantasias (que muitos de nós parecemos ter esquecido lá atrás, no tempo de nossas próprias juventudes), que planejam verdadeiras revoluções (dizem que quando temos 16 anos queremos incendiar o mundo e que, ao chegarmos a idade adulta, nos tornamos bombeiros; a maturidade é saudável, no entanto, devo dizer que preservar alguns focos de incêndio acesos em nossos corações e mentes também é fundamental. Sonhar é preciso!) e que, necessitam desesperadamente de nosso apoio e orientação, de nosso carinho e atenção.

Keating incorpora nosso idealismo, nossa pureza de princípios. Os alunos simbolizam a força e a vitalidade do novo, dos elementos de transformação que esperamos venham a transformar esse mundo num espaço muito mais justo, mais equilibrado. Há no entanto, os choques com as forças conservadoras, com a opressão da ordem que não aceita desequilíbrios (mesmo sabendo-se que eles trarão recompensas e melhorias). Nesses confrontos nem sempre o que está por vir é o que gostaríamos que acontecesse.

"Sociedade dos Poetas Mortos" é um filme imperdível para quem ama a educação, para quem alimenta ideais de reformular, para quem tem um profundo respeito e preocupação com essa juventude com que trabalhamos. Discutir esses temas todos, reformular as nossas práticas, alimentar nossos sonhos, rever posturas e condutas e, principalmente, olhar para nós mesmos e para nossos alunos em busca daquilo que nos faça sentir orgulho do que fizemos em nossas vidas, vale o ingresso. Boa diversão e "Carpe Diem"!

Livro da Semana: "Harry Potter e as Relíquias da Morte", de J.K. Rowling


"A morte é apenas a próxima aventura"

A indicação de leitura desta última semana não poderia ser tão especial para mim quanto "Harry Potter e as Relíquias da Morte". Falo como fã de toda a série, composta por 7 livros, e também como estudioso de Literatura Fantástica e dos próprios livros da Rowling. Há uma coisa a se dizer inicialmente: este livro encerra o evento literário do século, o que trouxe à luz da importância do ato de ler por prazer a mais que "algumas crianças". Não foram apenas milhares de leitores (as). Foram e são bilhões de pessoas a conhecer a magia do texto de Joanne Kathleen sobre o menino bruxo Harry Potter.

Em meio a uma série de críticas dos "acadêmicos conservacionistas", que resumem o livro a "mais um de literatura de entretenimento", a obra não vem perdendo qualquer espaço do que já havia conquistado. Pelo contrário, parece-me que em revide à falta de compreensão e tato literário dos  (as) academicistas para lidar com "Harry Potter", os livros (especialmente "Relíquias da Morte") só têm ganhado e formado mais leitores (as) árduos mundo à fora. É um fato: crianças que mal liam livros de 100 páginas para trabalhos escolares ou leitura pessoal passaram a ler 500 páginas de UM livro da série Harry Potter em uma semana, por exemplo. 

Em "Harry Potter e as Relíquias da Morte", os valores humanos são escancaradamente expostos ao leitor (a) nas ações que transcorrem as quase 600 páginas do livro. Não é livro de bruxaria ou feitiçaria, não induz crianças/jovens a praticarem magia negra. Na verdade, mostra o quão importantes são alguns valores que a nossa sociedade deixou passar, deixou de ensinar às crianças e cultivar entre os adultos. O bem, a amizade, o amor, a lealdade, a coragem e a inteligência são provas vivas das relações entre o mundo de Harry e o nosso. É, no mínimo, intrigante pensar em que se baseiam as pessoas que nem sequer leram qualquer um dos exemplares da série, mas ainda assim estão munidos de facas e pedras para falar da "irrelevância" da leitura de Potter.

Nas palavras de Voltaire, o simples fato de você criticar algo que não tenha lido e, assim, não conheça verdadeiramente, já é o bastante para desvalorizar qualquer crítica que você faça à qualquer obra. Por isso, valorizo tantos estes livros e também é por causa disso que acredito, e invisto, na utilização destes livros para atrair as crianças para o mundo da literatura, o mundo que realmente dá chances mais concretas e abstratas (e pode?) de o indivíduo conhecer e ter acesso a mundos diferentes, atraentes e totalmente abertos à sua compreensão. Parece muito, mas não é. A leitura é bem mais que isso. Só dei um "gostinho". 

Indico com toda a convicção e ponho minha cara à tapa, subjetivamente falando, a respeito da leitura das "Relíquias da Morte". É um livro belíssimo e que merece ser lido. Agora, atenção! Ele é o último se uma série de 7. Talvez isso não atrapalhe o entendimento, talvez sim. Mas, a indicação está lançada. Que tal aprender a gostar de ler?

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Nota de esclarecimento


Queridos e queridas visitantes,

peço muitas desculpas a todas (as) que ficam ligados (as) nas postagens do "Na educação, a libertação"! Na verdade, eu e um monte de colegas estamos trabalhando muito aqui em Maceió, Alagoas, no CONNEPI - um  evento de pesquisa e inovação científica que reúne todos os anos a produção acadêmica dos estados das regiões Norte e Nordeste do Brasil! Em breve, estarei atualizando e retomando o tempo de atraso, ok? 

Muito trabalho, é verdade. Mas só a companhia de pessoas como Caíque, Cherlyson e Hugo (falando apenas da prole máscula) já é um verdadeiro descanso, pois é como juntar diversão, poesia e zuação. Bons tempos aqui em Maceió, sim.


E em relação às moças, bem...
Aproveitando bastante a companhia de Maila, Clarisse, as Marianas, Luany (com seu distúrbio psicótico de medo) e Corina!





segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Persona non grata



"Os perfis de texto que mais afugentam o leitor"


1. O AFETADO

Quer passar a imagem de que está em sintonia com as ideias da moda, daí sobrecarregar o discurso com frases de efeito, mas que o conectem a uma certa identidade ou tendência. Assume o risco de tornar o texto difícil, com termos extravagantes, estrangeirismos, cifrados, além de expressões vazias de sentido.

2. O ARROGANTE

É o texto de quem banca o sabe-tudo. Não importa a eficácia da mensagem, mas a construção de uma imagem de domínio do assunto, qualquer que seja ele. Daí textos ao mesmo tempo prolixos (a transpirar sapiência técnica) e simplificadores (para tratar o leitor como um ser inferior).

3. BACHARELESCO

Estilo academicista, diz o simples de modo complicado. Confunde clareza com falta de precisão. Trata tudo com formalidade, mesmo o insignificante e o senso comum. Imagina um leitor informado, e por isso evita ser minucioso demais e adianta conclusões. Mas como o leitor nem sempre é outro acadêmico, deveria esclarecer cada ponto.

4. O CONFUSO

Texto truncado, sem encadeamento lógico de ideias, revela alguém a ignorar que o modo de apresentar os fatos já é, em si, um argumento. Repetições e raciocínios truncados ocorrem quando, por exemplo, uma observação particular é seguida por uma geral e depois dá lugar a outros aspectos particulares.

5. O PICARETA

Falso criativo, não entrega o que promete. Trabalha com valores consagrados, criando uma espécie de positivo absoluto, um texto "curinga" repleto de valores inquestionáveis que se adaptam a qualquer tipo de redação, ainda que não digam a que vieram. Sábio o bastante para dizer coisas que significam tudo e nada.

6. O SUBALTERNO

A linguagem aqui não é só burocrática como vaga, pois não assume compromissos nem responsabilidade, pois teme a hierarquia e as instâncias de poder superior. Evita correr riscos pelo leitor, por isso não o surpreende.

7. O TÍMIDO

Texto burocrático, cheio de clichês, que mostra falta de familiaridade com outras soluções de escrita: tende a moldar a mensagem a fórmulas conhecidas. O texto traz um redator hesitante, de raciocínio sequencial, pouco criativo, crítico consigo mesmo ao escrever, talvez por ter sido muito reprimido no processo escolar.

8. O VERBORRÁGICO

Com frases longas, empoladas e enfileiradas, acredita que do contrário seria tomado por simplório. A erudição forçada e a preocupação excessiva com a estruturação das fases trazem a fragilidade de conteúdo. A linguagem se torna pouco clara, inclusive a um leitor técnico.

E aí, pessoas? Vocês se encaixam em qual dos estilos citados acima? 

À primeira vista, parece ser um texto "preconceituoso" e "discriminatório". Mas, na verdade, não o é. As 8 classificações acima mostram alguns dos "tipos" de inadequações presentes nos textos que escrevemos diariamente com diversificados fins, desde um bilhete para a mãe até um TCC (Trabalho de Conclusão de Curso). Discordo muito de que qualquer pessoa se encaixe em um dos grupos referidos, até porque o estilo em relação à escrita é algo que não pode ser resumido a tão pouco. 

Cada um, a partir de agora, poderá avaliar melhor o que escreve e tentar se distanciar dos 8 excessos (e não "erros) mostrados anteriormente. Até porque, utilizar um vocabulário padrão formal, utilizar termos tecnicistas, mostrar domínio sobre assuntos da atualidade e atribuir, em certos casos, algum clichê ao seu texto é normal e útil, dependendo de que mensagem (ns) você deseja transmitir. Em doses coerentes, as inadequações textuais e linguísticas podem dar um tom criativo e ajudá-los a construir e consolidar uma personalidade redatora!

Pensem nisso! E não se deixem influenciar por críticas destrutivas em relação ao "jeito" como escrevem. Parta, inicialmente, do princípio de que só por estar lendo este texto, vocês já estão anos luz, em termos de conhecimento dos mecanismos da língua, do que quem apresentou a "notória" crítica contra um vocabulário "muito exibicionista" ou "muito pobre", exemplificando.

Escrever com personalidade


Todo texto, por mais impessoal que seja, projeta uma imagem de seu autor. Para especialistas da linguagem, no entanto, controlar essa imagem deixou de ser sonho exclusivo dos escritores profissionais e virou objeto  de desejo generalizado pelas necessidades de comunicação numa economia cada vez mais global, digitalizada e despersonalizante.  Para Moacyr Scliar, autor do romance "Manual da Paixão Solitária", livro do ano no prêmio Jabuti 2009, a formação de um caráter por escrito resulta de uma combinação de fatores.
- Autores e autoras não decidem que espécie de estilo terão. Isto não é o fruto de uma decisão consciente, vai brotando espontaneamente, como resultado de um background psicológico e cultural, do gênero escolhido e de outros fatores.

Na literatura, avalia Scliar, são mais evidentes as condições de formação de um estilo.

- A consolidação do estilo é o resultado da maturidade do escritor, que a partir daí pode ser reconhecido à vezes num único parágrafo. Guimarães Rosa, por exemplo, é único, e o mesmo podemos dizer de um Kafka, de um Drummond, da Bíblia - pondera Scliar.

Mapear os elementos que compõem a "personalidade" de um texto não só na literatura, no entanto, é tarefa complexa, tal o número de variáveis envolvidas. Mas a impressão que se tem do conjunto, seja ele uma mensagem a um amigo ou um relatório de trabalho, é o que conta. Para Alerte Salvador, que junto com Dad Squasiri publicou "A Arte de Escrever Bem" (editora Contexto), a extensão das frases, bem como a escolha de palavras, é um dos aspectos que mais salta aos olhos na definição de uma voz própria por escrito. 

Dentro do que fora dito, principalmente, pelo Moacyr Scliar, é muito importante reconhecer alguns pontos bem relevantes no que diz respeito à construção da personalidade no ato de escrever. São eles: a "Impessoalidade", a "Apropriação", a "Imitação" e/ou o "Afeto investido".


domingo, 14 de novembro de 2010

2ª SEMANA DE LÍNGUAS - EMANS




Secretaria de Educação de Ipanguaçu
Escola Municipal Adalberto Nobre de Siqueira
Assentamento Tabuleiro Alto/Ipanguaçu, RN

CONVITE

            “A literatura salva!”, já dizia Clarice Lispector. E é por total reconhecimento ao prazer de ler e à sua importância em diversos contextos, que os alunos de 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental II da Escola Municipal Adalberto Nobre de Siqueira (Tabuleiro Alto) estarão realizando a 2ª edição do projeto “Semana de Línguas”, tendo como tema nessa nova apresentação “A magia da palavra no limiar da Literatura Fantástica”. Com base nas leituras de textos de fantasia como “O Pequeno Príncipe” (6º ano), “Harry Potter e a Pedra Filosofal” (7º ano), “Alice no País das Maravilhas” (8º ano) e “As Crônicas de Nárnia” (9º ano) a 2ª exposição literária guarda surpresas belíssimas que exalam por si só os aromas da boa leitura, da leitura prazerosa. Sua participação é muito importante dentro desse evento das letras! Por isso, temos a honra de convidá-los (las) a vir prestigiar os trabalhos dos (as) alunos (as) durante as atividades a serem realizadas nos os dias 24, 25 e 26 de novembro/2010

Atenciosamente,
André Magri Ribeiro de Melo
(Professor de Língua Portuguesa e suas literaturas & Cultura do RN)
Andréia Laureano
(Supervisora Escolar do Ensino Fundamental - Anos Finais)

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO:
24/11 – Quarta Feira
25/11 – Quinta Feira
26/11 – Sexta Feira
13h30min – Abertura Oficial
13h30min – Sessão de Comunicação Oral
13h30min – Abertura da 1ª Gincana Literária da EMANS.
14h00min – Exposições e visitação da comunidade escolar.
14h30min – Palestra: “Usos e sentidos da Literatura Fantástica em sala de aula”
16h30min – Cerimônia de premiação da gincana literária, Olimpíada de Língua Portuguesa 2010 e Concurso de Redação.
16h00min – Apresentações Culturais (6º, 7º, 8º e 9º anos – EF II).
15h30min – Oficina: “A Fantástica Fábrica de Jogos no ensino de Línguas”
17h15min – Baile Fantástico (apenas para alunos do EF II e equipe escolar).