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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Individualismo e falta de humildade?

Nosso destino é fruto, muitas vezes, das nossas próprias escolhas. Somos postos diante dessas desde cedo e o quanto mais rápido aprendermos o poder que elas têm sobre nós, menores, possivelmente, serão os desentendimentos futuros em relação ao que você julga "adequado" ou "inadequado" em qualquer assunto. Quando escolhemos o que é certo, ao invés do que é fácil, não estamos simplesmente sendo "bons samaritanos". Ao entender o valor das escolhas coerentes e da influência dessas sob a vida de muitas pessoas subjugadas à pobreza, à humilhação e à ignorância e, além disso, levá-las à prática, deve se ter em mente que existirão vários grupos de diferentes pessoas unidas através de um único objetivo: resistir à mudança, à boa mudança. As resistências variam de acordo com o "ethos" de cada indivíduo, o que na realidade se apresenta por meio da forma como este irá se mostrar contrário ao que está sendo proposto. As situações são variadas e inusitadas, e partem desde o simples desprezo silencioso a atitudes mais claras, como induzir outros indivíduos à alienação e ao conflito político em defesa de ideologias distorcidas e fundamentadas em banalidades. Definitivamente, não é fácil ser diferente. O diferente é chocante e vem, acima de tudo, quebrar algum paradigma, seja ele qual for! Quem intenta mesmo diante das advertências óbvias das forças resistentes tem, ou deveria ter, ideia dos obstáculos a serem criados com o objetivo de não acabar o império da estagnação e do mesmo de sempre de cada dia. As razões que podem levar alguém a ter esse tipo de comportamento são diversas e envolvem, principalmente, o contexto em que as mesmas receberam educação; isso gira em torno, na verdade, de um questionamento perturbador, que nem todos têm coragem para se propor - "Que educação eu aprendi" e "Que educação eu dou". No entanto, nas ideias de contexto e situação de ensino expostas, é necessário que também se entenda que as pessoas estão vivendo em pleno século XXI - a dita "era da comunicação". Não podemos simplesmente  fechar os olhos às alterações que os métodos arcaicos e ultrapassados de uma educação secular, por exemplo, vêm sofrendo. Não há nomeação mais útil nesse caso do que "negligência" - ato ou ação de fingir que o que está acontecendo não está acontecendo. Quando questionadas sobre tais posicionamentos, os indivíduos da cortina de ferro da resistência contrapõem argumentando em cima de um ponto que fere até os mais libertários possíveis em relação à sua posição e ideologias como um todo - "Será que você não está sendo egoísta, manipulador, egocêntrico, individualista ou até mesmo esteja agindo sem qualquer humildade ao implementar ideias revolucionárias?" Ora, o sentimento de culpa dá e passa, porque quando vemos com olhos mais racionais e menos emocionais é perceptível que é bem mais fácil culpar alguém pelo o que eu não me proponho a fazer. É bem mais fácil fazer as pessoas se sentirem mal por coisas que eu faço, ou desfaço, acontecer. É muito mais fácil alegar que as pessoas que se envolvem dos pés à cabeça com os ideais libertários em busca de uma educação, de fato, libertadora façam isso sem um resquício de humildade com o intuito de menosprezar todos ao seu redor e, além disso, de promover a imagem pessoal de profissional perfeito, sem falhas. A questão agora é: que caminho seguir? O caminho das palavras fáceis de serem ditas ou das ações corretas e árduas de serem realizadas?

4 comentários:

  1. CACETE! Escrevi um texto enorme e deu pau! >___<

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  2. Gosto da idéia de fazer o que tem que ser feito. A própria Bíblia diz ser "maldito aquele que faz a obra do Senhor relaxadamente, ai daquele que retém sua espada do sangue". O contexto, óbvio, era outro, mas a mensagem é "faça o que tem que ser feito - e FAÇA DIREITO!"

    Lembra quando você me dizia - cheio de raiva - da oposição sem sentido que sofria e eu tentava te dissuadir de sentir raiva? Eu sugeria solidariedade e tranquilidade. Bem, eu acredito em você: se você diz que fez o que pôde pra se posicionar como companheiro de seus companheiros e não como seu inimigo - mas eles insistem em te tratar como este último - então tá na hora de adotar a política do cavalo em desfile de 7 de setembro: CAGANDO, ANDANDO E SENDO APLAUDIDO.

    Vá fundo, mofi. Brilhe. Ilumine caminhos. Quem nasce pra ser estrela não deve se contentar em ser vagalume. Os vagalumes tem seu valor e sua beleza, mas os vagalumes inseguros vão sempre tentar competir com os astros, em vez de unirem-se a eles ou fazer bom proveito deles.

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  3. Fico com: "O caminho das palavras fáceis de serem ditas ou das ações corretas e árduas de serem realizadas?"
    As coisas têm que mudar, e pra isso aposto que as coisas só irá MUDAR, quando as pessoas MUDAREM...

    Jailma Lopes
    Abraço!

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  4. Jailma Lopes e Priscila Aliança rock! J'adore comentários da nata erudita e libertária da escola! :D Love u girls!

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