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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Alice e as maravilhas de seu legado

Alice no País das Maravilhas é daqueles livros que resistem a infinitas leituras sem nunca perder a graça, pois sempre têm algo a mais a dizer, um novo detalhe a apresentar, uma palavra a ensinar. A história da linda menina de vestido rodado que vive aventuras num lugar estranho com gente esquisita é uma das mais lidas, traduzidas, adaptadas, encenadas e filmadas. Parece uma fórmula simples, mas não é: há quase 150 anos, a obra-prima escrita pelo inglês Lewis Carroll cativa leitores e intriga estudiosos em busca de respostas para os seus enigmas. Não é à toa que o cinema já a tenha apresentado diversas vezes.

A mais recente empreitada cinematográfica é assinada pelo norte-americano Tim Burton, que dirigiu também "Batman", "Edward Mãos-de-Tesoura" e "Noiva Cadáver", entre muitos outros filmes encantadores e... um pouco estranhos. Produzida pela Disney, a nova versão de "Alice no País das Maravilhas" chega aos cinemas brasileiros em 21 de abril. Nos Estados Unidos e na Inglaterra, onde já estreou, ficou em primeiro lugar nas bilheterias por várias semanas consecutivas.

A febre atual gerada pelo filme foi além da trilha sonora: invadiu desde lojas de roupas e assessórios até objetos de arte, bolos de festa - todos fazendo referência massiva às personagens dos contos protagonizados por Alice - "No País das Maravilhas" e "Através do Espelho", este escrito por Carroll logo depois do primeiro. Assim, o Gato que sorri, o Chapeleiro Maluco e a Rainha de Copas andam estampando bolsas, sapatos e camisetas e por aí afora.

Será que todos que estão hipnotizados por esses objetos - e que verão o filme - conhecem a real origem desse frenesi? Há só uma maneira de tirar a prova: lendo o livro.

Halloween nas escolas?


No dia 31 de outubro, algumas escolas brasileiras celebram o Halloween, o Dia das Bruxas. As crianças, principalmente do ensino infantil, vestem fantasias de bruxas, vampiros, fantasmas e outros monstros para comemorar... Comemorar exatamente o quê? A festa, que é popular nos Estados Unidos, chegou às crianças brasileiras por meio de programas televisivos. Os fãs dos Padrinhos Mágicos, LazyTown, Ben 10 e Barney cultivam a brincadeira do doces ou travessuras? nas salas de aulas, muitas vezes sem critérios. Fica a pergunta: em que situação o Halloween pode ser utilizado dentro da escola? Até que ponto é interessante para as crianças participarem de uma manifestação cultural estrangeira?

Comemorar apenas por comemorar, além de, muitas vezes, ocupar o tempo de aulas realmente importantes não acrescenta nada na formação das crianças. Não adianta celebrar uma data na escola que não represente nada para a realidade do estudante. É preciso explicar como a festa surgiu e contextualizá-la para que os alunos criem uma identificação. Só assim a comemoração fará sentido. Com a ajuda de fotos, vídeos e outros materiais didáticos, pode-se resgatar a história original da data e de seus personagens. As crianças podem descobrir que a origem do Halloween remete às crenças celtas. Para quem não sabe, este povo da Irlanda acreditava que, no último do verão no hemisfério norte, os espíritos saíam do cemitério para tomar conta dos corpos dos vivos. Aterrorizante, a comemoração pagã, foi condenada na Europa, passando a ser conhecida como Dia das Bruxas. Graças à imigração dos irlandeses para a América, o Halloween se tornou uma data especial nos Estados Unidos.