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domingo, 12 de dezembro de 2010

Livro da Semana: "Sete ossos e uma maldição", de Rosa Amanda Strausz

Dizem que a emoção mais forte e mais antiga do mundo é o medo, precisamente o medo do desconhecido. Rosa Amanda Strausz apostou nisso e escreveu 11 contos de terror de deixar o coração acelerado e a respiração entrecortada. Nada explícito ou de mau gosto, como sangue espirrando e miolos saltando. Pelo contrário, é tudo sugerido, e a imaginação de cada leitor é que se encarregue de formar as cenas macabras. Exemplo disso é o conto que abre o livro: "Crianças à venda. Tratar aqui". Nele, uma mãe miserável e oportunista resolve vender os filhos para, em primeiro plano, melhorar sua vida e, em segundo plano, a de sua prole. No entanto, quando vende o último filho, Fabiojunio, a felicidade esperada não vem, pelo menos para a criança. A irmã mais velha, Simara, desconfia dos compradores e depois, quando chegam as fotos de Fabiojunio na nova residência, ela acha muito estranha a expressão do menino. Convicta de que há algo de errado naquela história, resolve investigar e o que descobre é bastante aterrorizante. Rosa A. Strausz é jornalista, formada pela UFRJ. Além dos livros que escreve, produz textos e roteiros para diversos meios (jornais, publicidade, rádio, multimídia, hipertexto, etc.). Também edita o portal Doce de Letra, que é o maior em língua portuguesa sobre literatura infantil. Segundo ela própria: "Estou sempre procurando um novo jeito de olhar, e escrever para crianças e adolescentes é quase consequência natural de viver procurando pontos de vista diferentes. Dar oficinas e palestras para professores e crianças é outro jeito de buscar esse olhar glutão: é no contato com o meu público que troco as lentes e encontro novos jeitos de ver." 

Medo. Um medo avassalador, sutilmente construído. É isso que vocês irão sentir quando penetrarem na atmosfera de terror deste livro. Sem escapatória, completamente seduzidos, irão entender que não haverá mais volta. Para sempre. Maldição? Talvez redenção. A escolha é de vocês!

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