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sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Leitura Viva na Escola!


SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE IPANGUAÇU
ESCOLA MUNICIPAL ADALBERTO NOBRE DE SIQUEIRA
ASSENTAMENTO TABULEIRO ALTO

CONVITE

         Entender e vivenciar a língua portuguesa como “organismo vivo” é o objetivo da 3ª SEMANA DE LÍNGUAS! Por isso, é no intuito de que os trabalhos realizados em sala de aula e extraclasse com os alunos de 6º ao 9º ano da fase final do Ensino Fundamental pudessem ser apresentados à comunidade escolar local e municipal e servir de exemplo no que diz respeito à valorização e amor à leitura e aos livros, que temos a honra de convidar Vossa Senhoria para participar da culminância da terceira edição do nosso projeto, cujo tema é LITERATURA: A ARTE DE CONTAR HISTÓRIAS, e que se dará no período de 04 a 07 de outubro do ano corrente.
         Desde já, agradecemos sua participação e ainda lembramos que nos dias 05 e 06 de outubro, o acesso às exposições temáticas da escola se dará através da entrega de 1 kg de qualquer alimento não perecível para doação a famílias em situação de vulnerabilidade social da região. Confira a programação do nosso evento em anexo.

Aguardamos ansiosos pela sua presença!

Cordialmente,

André Magri Ribeiro de Melo
Professor de Língua Portuguesa e suas Literaturas
Coordenador Geral do projeto “Semana de Línguas”

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A música das palavras



“Agora não há outra música
senão a das palavras”. (SARAMAGO, 1995, p.290)        


            Não se pode falar em vida, sem falar em literatura. Entender o poder das palavras, através do poder do amor pela educação e pelos estudos da sua língua materna é uma belíssima forma de relacionar a importância de cuidarmos da vida com a necessidade insaciável de conhecer e descobrir, que é inerente a nós, seres humanos.
As palavras, junto aos sons e aos silêncios que emitem, são ferramenta da abstração humana, da capacidade de poder ver com olhos livres, o que não é o mesmo que olhar as obviedades da vida. Rubem Alves já dizia isto, quando colocava que o que mata um jardim são estes olhares de indiferença de gente sem sensibilidade. Assim, são estes emaranhados de letras, agrupados em sílabas e com unidades fonéticas que marcam sua sonoridade, que a literatura existe. A arte de tocar o lado mais humano e metafórico de cada pessoa através da graça que o ato de escrever proporciona àqueles que enfrentam o medo de jogar no papel a sua alma e nos brindam com textos sensíveis e lindíssimos é uma capacidade digna, apenas, de todos. Sim, de todos, pois tendo consciência, ou não, disso, somos pautados em sentimentos e emoções, bons e ruins. E o que é a literatura, senão a transcrição do que sentimos para pedras, pergaminhos, folhas de papel perfumadas e, com o advento das tecnologias, para as páginas da internet?
Abrir os olhos de uma criança para a beleza do mundo que a cerca é tarefa árdua em nossa vã contemporaneidade. A superficialidade das relações humanas vem crescendo e dificultando o “enxergar” das pessoas. Porém, as crianças me soam diferente de tudo isso. Elas carregam um fascínio próprio pelo que é belo, pelo que é literatura por si só. Dessa forma, ver com seus próprios olhos, que as crianças, adolescentes ou jovens respondem positivamente aos seus ensinamentos não tem preço, é impagável. Um sorriso, uma pergunta excitada, a vontade de descobrir mais junto a você, tudo configura um prazer quase divino no simples ato de estar na sala de aula.
A vida é um bem precioso e que deve ser cuidado. O problema, geralmente, é que muitos não sabem como cuidar, como cativar. Talvez, deixar-se cair no infinito universo de mundos que a leitura e os livros podem proporcionar, diante da vida superdenotativa que vivemos, seja um jeito profano e espiritual, sublime e revolucionário, de cuidar da vida. Tu te tornas responsável por aquilo que cativas, ensinou-me um pequeno principezinho dos livros. Usar a arte das palavras para gracejar a vida é cativar este bem.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Um ensino de língua materna sem as cortinas do passado.



A ideia de que as aulas de Língua Portuguesa devem ser centradas no ensino de regras gramaticais é antiga, tradicionalista e, de forma mais direta, ERRADA! Quando nos deparamos com índices baixíssimos do desenvolvimento do Brasil em exames nacionais que testam as competências de leitura e escrita dos nossos alunos (como a Prova Brasil, o ENEM e o SAEB) vamos direto ao grande problema: as escolas não têm ensinado aos seus estudantes as verdadeiras utilidades e usos que cabem a uma língua. Em vez de mostrar às crianças e adolescentes a relevância que um bom domínio da Língua Portuguesa pode ter em nossas vidas, a escola está presa (infelizmente!) ao pensamento de que só sabe bem Português aquele fulano que decorou a diferença básica entre um adjunto adnominal e um complemento nominal dentro de uma oração, por exemplo. Triste ilusão... 

Quando os professores de Língua Portuguesa entenderem que os alunos NÃO PRECISAM conhecer todas as regras que a gramática da norma culta deseja ensinar, eles passarão a voltar sua prática pedagógica para o ensino da leitura e da escrita – habilidades que os estudantes PRECISAM SIM para as mais variadas situações do dia a dia, que vão desde pedir uma informação na rua até redigir um artigo científico para apresentar num congresso de ciências internacional! A língua é viva e se nossos estudantes não souberem disso, jamais sairão das velhas, batidas, e rebatidas normas gramaticais sem sentido, sem contexto, sem texto!

Todas as aulas, principalmente as de Português, precisam apresentar aos alunos os mais variados gêneros de texto, porque é só através deles que os estudantes poderão entender REALMENTE a importância do estudo de sua língua. Que bom seria se todas as escolas parassem um pouco de deixar o Livro Didático dominar as aulas de seus professores e passassem a ensinar apenas duas coisas. Primeiro: ler por prazer! Segundo: Escrever e refletir, com base na leitura. Dessa forma, alunos que sempre acharam a leitura chata passarão a amá-la; alunos que odiavam as aulas de Português passarão a ver nelas uma forma de crescer nas outras disciplinas; alunos que não escreviam se tornarão escritores melhores, com emoção e sensibilidade. Que professor não deseja isto?  Ver algo encantador: A MUDANÇA DO DISCURSO DOS SEUS ALUNOS!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

O PROFESSAURO

Meu encanto pela educação e pelo ato de ensinar, aprender e "professar" renova-se diariamente junto aos meus meninos, mas esses dias o encantamento foi mais que aguçado, podendo dizer que foi reavivado! Uma das minha últimas aquisições, o livro "Seja o professor que você gostaria de ter", de Serrano Freire, é um balde de ânimo em cima de todas as injustiças e humilhações pelas quais passam os professores brasileiros. É, na verdade, o conjunto de textos que tratam da beleza e da magia da nossa profissão que tenho lido até então. Um capítulo, em particular, chamou minha atenção. Um que trata dos "professauros". Vamos à leitura, então:

"Costumamos chamar de PROFESSAUROS aqueles ainda chamados de professores, mas que já abandonaram seus ideais, seus sonhos e que estão em sala de aula apenas para cumprir uma programação, ou, como diríamos no futebol, apenas para cumprir a tabela. Não querem chegar a lugar algum, não querem mudar nada. Só servem para atrapalhar nossos ideais e fazer com que a nossa educação, não alcançando suas metas, seja desrespeitada e desvalorizada por tantos.

Mas eles existem.
Observem os sintomas a seguir e, se encontrar na sua escola alguém assim... cuidado!

O PROFESSAURO:
1. Reclama de Tudo - Está sempre insatisfeito, parece mal-amado. Reclama do calor, do salário, dos alunos, das férias que não chegam. Nunca está na turma do "vamos fazer". Gosta mais do grupo "não vale a pena".

2. Adora dar aula sentado - É só chegar na sala e se esparrama na cadeira. Já chega cansado. Desse jeito, não valoriza o seu trabalho, ignora seus alunos e demonstra desconhecer o mínimo sobre comunicação. Quando cansa da cadeira, senta na mesa. Pobres alunos...
3. Culpa os alunos pelos fracassos que são seus - O professor é o líder e o gerenciador de tudo que acontece em seu espaço e local de trabalho. Cabe a ele criar o ambiente de motivação, despertar entusiasmo e interesse dos seus alunos. Professores assim só querem ser responsáveis pelos resultados obtidos por alunos de sucesso. Quando encontram um ex-aluno, agora, professor, médico ou advogado, dizem cm natural orgulho: "Foi meu aluno". Mas, quando o aluno não obteve o mesmo êxito, apresam-se a dizer: "Não queria nada com os estudos".

Você é responsável, sim, pelo sucesso dos seus alunos, tanto quanto pelos seus fracassos. Pense nisso. Quando seu aluno é reprovado, todo o processo precisa ser reavaliado. Aliás, a ideia de avaliação escolar deve passar pela análise do processo e não do resultado isoladamente.
4. Detesta novidade - Ele fica louco quando alguém tem alguma ideia e o convida para colocá-la em prática. Quando você chega de um congresso cheio de ideias e novidades, ele é o primeiro a dizer: "Isso não vai dar certo. Estou na educação há muito tempo e nunca deu certo". Ele não consegue mais sonhar e, também, não quer ver ninguém sonhando perto dele. O sonho dele é puxar você para baixo, para sua imobilidade.

Resista!

5. Suas aulas são sempre iguais - Passa ano, entra ano e não muda nada na aula dele. É tudo igual. Sempre a mesma coisa, a mesma falta de criatividade, a mesma falta de interesse, repetindo até as mesmas palavras. Não aprendeu nada nos últimos anos, não leu nada, aliás, normalmente nem gosta de ler. É fácil encontrá-lo. Fala pouco e, aparentemente, concorda com tudo, para não chamar a atenção. Quando leciona em turmas de 1º ao 5º ano costuma ficar sempre na mesma série. Mudar de série implicar reaprender, e isso, para ele, é horrível.

6. Vive pensando na aposentadoria - É mais do que legítimo o direito de, depois de tantos anos de trabalho, encontrar o descanso merecido. Mas você deve sair de cena com dignidade, cumprindo até o último momento suas obrigações com entusiasmo e profissionalismo, deixando um gostinho de saudade. Aposente-se com orgulho pela história que você construiu e não como uma fuga.

Alguns profissionais quando estão perto da tão sonhada aposentadoria, na realidade, primeiro, aposentam seus espíritos, passam a andar na escola como zumbis, depois aposentam seus ideais, deixam de manifestar interesse pela profissão que elegeram para suas vidas. No mínimo, ingratidão.

7. Sofre da Síndrome de Gabriela - Quando convidado a mudar, a fazer coisas diferentes, a buscar novas estratégias, costuma dizer, atolado na sua zona de conforto: "Eu nasci assim, eu cresci assim, vou sempre assim, para sempre assim". É a própria Gabriela!

8. Adora atestado médico - Em algumas cidades, chega perto de 30% o percentual mensal de afastamento de professores com atestado médico. Apresentam atestados pelos mais variados motivos. Muitas vezes, problemas sérios e verdadeiros e outros nem tanto: dor de barriga, unha encravada, paixão recolhida etc. Provavelmente, essa profusão de atestados médicos deve-se também à existência de alguns medicossauro do sistema. 

Precisamos ter cuidado com o PROFESSAURO. Ele é perigoso, chega de mansinho, vai tomando espaço e, quando você se dá conta, não consegue andar sem tropeçar em algum. Previna sua escola, coloque avisos na sala dos professores e fique alerta. Em caso de suspeita, consulte a sua consciência.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

123º Aniversário de Fernando Pessoa


Aos que imprimem em suas palavras e ações a essência da poesia intrínseca em cada um de nós.
Que o ilustríssimo ícone da Literatura Portuguesa, em seu 123º Aniversário, possa revirar-se em seu descanso eterno de júbilo e regozijo ao saber que existe um mundo que chora, emociona-se e indigna-se com outros mundos - graças à sua poesia, graças à sua maestria no ato de tecer grandes teias de vida com palavras...

Posso ter defeitos, viver ansioso
e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida
é a maior empresa do mundo,
e posso evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
apesar de todos os desafios,
incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas
e se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um oásis
no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã
pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica,
mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas, 
um dia vou construir um castelo...

Fernando Pessoa

sábado, 11 de junho de 2011

Palavreando

Muda! Concerta-te! Subjuga-se!
Diante de tantas exigências, prefiro o calor
O calor da tua companhia, da tua palavra
Singela, simples, inexata
A vaguear por entre as suas, minhas, nossas ruas...

Muda! Concerta-te! Subjuga-se!
E se não quiser mudar? 
Se não preferir ser bom, adequado e cordial
Optar, então, pelo banal, radical, o que não é convencional?
Oh, todos dirão: 
"Cortem-lhe a cabeça! Joguem-no aos leões!
Egocêntrico, prepotente, revolucionário, um grande vão!"

Ao que reponderei:
Sim, irei! Sim, eu quero! 
Antes uma morte pela negação ao que não sou
A uma vida de fingimentos, um carnaval eterno
Onde a igualdade, os padrões, a moral e o convencional
Nada mais são que alegorias de tristeza, dor e decepção
Meros brinquedos na mão daqueles
Que insistem sem cessar 

Matam, Concertam, Subjugam
Querendo a todos mudar
E eu, em meu reduto de individualidade e sagacidade,
[aos olhos dos demais]
Caminharei sorridente junto à morte
Triunfante por saber,
Que apesar de você,
Amanhã há de ser
Não um outro
Mas um novo dia!

No meu quarto, ao silêncio da madrugada que aproxima-se.
Só escuto o silêncio das minhas palavras e da minha gatinha esparramada 
nos meus cadernos com a cabeça recostada em um querido exemplar
de "A Revolução dos Bichos", de Orwell.


quarta-feira, 8 de junho de 2011

Desarrollar el hábito de la lectura en la escuela primaria

Un requisito fundamental de la actividad pedagogica es hacer que el niño adquiera las destrezas de lectura y tenga acceso a la información disponible en los medios impresos. La introducción a la lectura hace que el niño entienda la imagen gráfica, ya sea verbal o no verbal, representado en cualquier tipo de apoyo, de modo que pueda mejorar el conocimiento sobre la lengua y desarrollar sus habilidades motoras y capacidades cognitivas . De ahí la pertinencia y la necesidad de presentar propuestas y trabajar para mejorar la lectura, dada la deficiencia en este ámbito establezcan un problema que afecta a muchos niños en los primeros grados de la escuela primaria.
La pregunta es: ¿Cómo desarollar el deseo por la lectura en los niños de la escuela primaria? Esta discusión debe hacerse con cautela y sensibilidad. Usted debe repensar la forma de trabajar el lenguaje, con énfasis en las prácticas de lectura en el aula. Dejando de lado las técnicas y métodos que se despectivos para actualizar y proponer cambios. Sin esta percepción por parte del profesor, por lo que los cambios deseados por todos, con lo que se refiere a la lectura, no se observó. Los niños necesitan nuevos estímulos y educadores de los nuevos métodos. El primer paso es extinguir la idea de que la escuela se reduce a las paredes o muros que lo rodean. Usted debe aprender y enseñar a la escuela es la segunda casa de los estudiantes. Allí, deben estar preparados para el mundo.
La enseñanza de la lectura en Brasil está empatado en la conciencia de los responsables de la educación, en su conjunto en el país. Por lo tanto, el placer de la lectura, interpretación y aventuras mágicas escritas para leer y entender libro leído, sólo, de hecho, parte del perfil de los niños brasileños, mientras que funcionarios del gobierno y los administradores de la educación en nuestro país entiendan la importancia de invertir en la educación de nuestros hijos y también que las inversiones de este tipo no puede ser considerado un "daño", sino como "ganancia", porque la riqueza de un país es un reflejo de su nivel de educación.
Por lo tanto, fomentar y desarrollar el hábito en los estudiantes, en este caso de la escuela primaria - los primeros años, es algo esencial para su formación, y este tipo de información se centra en la importancia de la lectura en su vida debe ser mostrado y discutido por el profesor. Este trabajo de transmisión de la mejora de la lectura y la escritura debe ser tomada en serio, que debe ser tenido en cuenta la realidad de los estudiantes. Vale la pena la esencia del acto de leer (¡Salve, Paulo Freire!), Independientemente de la lectura entre los géneros: clásico de la literatura mundial o publicidad de tiendas de juguetes expuestos en la vía pública. Lo que merece la pena es el acto de  leer!

Desenvolvendo o hábito da Leitura no Ensino Fundamental - Anos Iniciais



Um dos requisitos fundamentais da atividade pedagógica consiste em fazer com que a criança adquira capacidade de leitura e tenha acesso às informações disponíveis em meios escritos. A iniciação à leitura faz a criança compreender a imagem gráfica, seja ela em linguagem verbal ou não-verbal, representada em qualquer tipo de suporte, a fim de que ela possa aperfeiçoar os conhecimentos acerca da língua materna e desenvolver sua coordenação motora e habilidades cognitivas. Daí, a relevância e necessidade de propostas e trabalhos de melhoramento da leitura, haja vista a deficiência nessa área configurar um problema que atinge muitas crianças nas séries iniciais do ensino fundamental.

A questão é: Como despertar o desejo pela leitura nas crianças do Ensino Fundamental - Anos Iniciais? Essa discussão deve ser feita com cautela e sensibilidade. Deve-se repensar a forma de trabalhar a língua, com ênfase nas práticas de leitura, em sala de aula. Desapegar-se das técnicas e métodos pejorativos para atualizar-se e propor mudança. Sem essa percepção, por parte do professor, as alterações tão desejadas por todos, no tocante à leitura, jamais serão observadas. As crianças necessitam de novos estímulos e os educadores, de novas metodologias. O primeiro passo é extinguir a ideia de que a escola resume-se aos muros ou paredes que a cercam. É necessário aprender e ensinar que a escola é a segunda casa dos educandos. Lá, eles devem ser preparados para o mundo.

O ensino de leitura no Brasil está empatado pela consciência daqueles que são responsáveis pela educação, como um todo, no país. Assim, o prazer pela leitura, a interpretação de aventuras escritas e a magia de ler e compreende livro lido, só serão, de fato, parte do perfil das crianças brasileiras, quando os representantes governamentais e os gestores da educação de nossa pátria entenderem a importância de se investir na educação de nossas crianças e, ainda, que investimentos desse gênero não podem ser tidos como "prejuízos" e sim como "lucros", até porque a riqueza de um país é o reflexo do nível educacional dele.

Assim, incentivar e desenvolver o hábito nos educandos, neste caso do Ensino Fundamental - Anos Iniciais, é algo essencial à formação deles, e esse tipo de informação focalizando a relevância da leitura na vida deles deve ser mostrada e discutida pelo docente. Esse trabalho de encaminhamento à leitura e aperfeiçoamento das habilidades de escrita deve ser feito com seriedade, onde deve ser levada em conta a realidade dos alunos. Vale aqui a essência do ato de ler (Salve, Paulo Freire!), independente do gênero da leitura: clássico da literatura universal ou anúncio publicitário de lojas de brinquedos expostos em vias públicas. O que vale é ler!

"Tão importante quanto o que se ensina e se aprende, é como se ensina e como se aprende!" (César Cool)

domingo, 5 de junho de 2011

A acomodação é um produto da falta do conhecimento. E mais! Pode ser um produto da negação a esse.

Você tem cuidado do meio ambiente?



Ser professor, em minha opinião, é mais alegria que tristeza! Por isso, meus meninos me fazem um teacher super feliz e realizado a cada dia que passo junto deles. Leiam o texto abaixo e digam vocês se ser professor é mais doloroso que prazeroso.

 Hoje em dia, todas as florestas estão sendo desmatadas pelo homem. Ele parece uma máquina de destruição e o pior é que está destruindo a si mesmo e sabe o que está fazendo. Ele não tem pena da natureza e não poupa sua vida e a Mãe Natureza sofre muito com tudo isso. É por isso que acontecem tantos problemas, atualmente. A natureza está se revoltando contra nós - os seres humanos. Ela se revolta com tsunamis, terremotos, deslizamentos de terra e com enchentes, que cada vez ficam mais fortes. Sem o meio ambiente não podemos viver!

Nós temos que aprender com a natureza e não destruí-la. Temos que preservá-la com mais cuidado e compreensão, pois só assim poderemos entendê-la! Será que é tão difícil proteger a Mãe Natureza? Hoje, qualquer um pode ajudar a preservar o meio ambiente e evitar a poluição de rios, florestas e ar. As pessoas jogam papel, garrafas plásticas e outras coisas nas ruas e vias públicas e isso não está certo, porque lixo é pra ser jogado no lixo ou reciclado. Se todos soubessem disso, acho que a situação da natureza melhoraria um pouquinho, bem mais do que hoje. Preserve a natureza! Preserve a vida na terra, que cada vez mais fica mais curta.

Hoje, a natureza geme em dores de parto. Por isso, preserve a vida, preserve o planeta!

Texto produzido por Laryza Rodrigues de Siqueira
Aluna do 7º ano da Escola Municipal Adalberto Nobre de Siqueira
Assentamento Tabuleiro Alto, Ipanguaçu, RN. 

sábado, 4 de junho de 2011

They will not control us!

O Campus de Ipanguaçu do IFRN foi uma das escolas pelas quais passei durante os meus 19 anos. Foi a escola onde mais aprendi, onde mais cresci e, obviamente, onde iniciei a construção, de fato, do meu senso crítico com relação ao mundo ao meu redor, o valor da educação nesse mesmo mundo e do quanto ainda precisaria ser feito para as coisas começarem a caminhar direitinho. Aquela escola está na minha mente, disso estejam certos e certas. Mas o importante mesmo é que ela e as pessoas com as quais cresci junto têm lugar privilegiado em meu coração: amigos, colegas, técnicos, coordenadores e, principalmente, os professores - ah, eles! Os meus professores e professoras foram, e continuam sendo, a parte mais bonita do meu período enquanto do IFRN-Ipanguaçu. Eles ensinaram-me muito além dos conteúdos da nada libertária "grade curricular". Lecionaram-me sobre a vida, sobre o meu papel nessa e sobre o papel dos outros diante do meu.

Por tanto respeito àquela escola e à sua gente é que estou deveras magoado e ressentido com algumas situações que têm acontecido lá. Jamais imaginei que uma eleição para Grêmio Estudantil, uma entidade que tem por objetivo e obrigação representar os interesses, direitos e deveres dos alunos, fosse gerar na minha escola tanta balburdia, escândalos e o pior: que fosse ferir o código ético e moral que deve reger toda a escola e, inclusive, aqueles que se mostram dispostos a "representar os alunos".

Compra de votos com lanchinhos ou cópia de material escolar? A que ponto e a que status chegaram alguns dos nossos estudantes na vontade avassaladora de ganhar as eleições e perpetuar esses ideias distorcidos, fraudulentos e enojadores?  Sério gente, mas me dá ânsias de vômito só de pensar em como estão banalizadas palavras como "ética", "política" e "moral". As pessoas passaram a não usar mais essas palavras. Ou melhor, usá-las sem entender os reais valores que carregam em sua construção silábica. Se fizerem um pequeno passeio em retrospectiva no cenário político brasileiro poderão ver que muitos dos políticos que mais sujaram a conduta e imagem do nosso país eram do tipo "simpáticos e cheios de presentes pra dar". Sem instinto investigativo para ir a um livro de história do Brasil? Leia um exemplar do Diário de Natal ou assista ao RNtv. Os casos de líderes políticos que usaram de má fé da boa vontade e da ingenuidade (ou idiotice mesmo) daqueles que os elegeram são vários! Tem drama de todo o tipo, desde os mexicanos aos hollywoodianos.

Como na maioria dos casos, os sorrisos e presentinhos sempre vencem. Uma pena. Uma lástima. Uma coisa boa. Boa... Por que? Simples! Quando sofremos na pele mesmo, quando batem na nossa cara por qualquer coisa mesmo, aí tendemos a pensar. Tendemos a refletir sobre o que fizemos e porque fizemos. Nada melhor para quebrar uma ilusão do que vê-la diluir-se na sua frente por si só! 

Agora, um apelo, meus caros leitores e leitoras. Não se deixem levar por palavras ditas de forma fácil demais. Elas geralmente nos levam a promessas e condutas mais fáceis ainda de serem quebradas. Infelizmente, é assim. As relações políticas verdadeiras e legítimas não estão alicerçadas em chocolates ou cafés da manhã, apesar de ser isso o que grande parte das pessoas acham. O que eu não suporto é que alunos do Instituto Federal, uma escola de respeito e ensino de excelência, sejam iniciados nos caminhos da corrupção e da demagogia. Não suporto, ainda, que os meus mestres defensores da boa política e da defesa à ética e à moral sejam insultados por estudantes que não sabem tem maturidade para sequer pronunciar o vocábulo "política" ou talvez "eleição". Por favor, líderes e adeptos, não sujem a imagem da escola que guardo em memória e coração. Vocês não têm esse direito.

P.S. - Parabéns aos revolucionários resistentes! Uma batalha pode ter sido perdida. A guerra, nem pensar. "Não existe revolução sem resistência!"

terça-feira, 31 de maio de 2011

Faculdades do Pensamento



"Penso, logo existo", já dizia o filósofo francês René Descartes. De uma maneira mais simples e objetiva, ele diz que nossa existência só depende de uma coisa - das faculdades do pensamento, do ato de pensar e refletir sobre a nossa vida e sobre o que nos cerca. Pensar sobre qualquer coisa mesmo. Vejam só: vocês já pensaram no porque de o céu ser azul ou no porque de todos os dias o por do sol nos brindar com combinações de cores diversas e inéditas? À primeira vista, parecem questões sem importância, não é? Pois bem, os grandes pensadores do mundo partiram de questionamentos "simples" sobre os aspectos da vida cotidiana, para só então, iniciarem reflexões mais complexas e trabalhosas sobre o comportamento dos seres humanos, por exemplo. Se não pensamos, não existimos. Apenas co-existimos. E o que é isso? Isso é levar uma vida sem sentido, valores ou objetivos. A chave do conhecimento está no ato de pensar, de refletir! É dele que aprendemos a autocrítica, a crítica positiva, a reflexão e o senso crítico-moral. Você tem pensado muito ultimamente? Se a resposta for não, então comece pelas seguintes questões: O que eu estou fazendo neste planeta? Qual é a minha real função aqui? O que eu estou (ou devo) fazer para mudar a minha realidade e, por conseguinte, a da comunidade onde estou inserido? Quando refletir sobre isso, você passará a ver a educação além das salas de aula, professores e regras a cumprir. Você a verá como um mundo!

Professores apaixonados



Professores professoras apaixonadas acordam cedo e dormem tarde, movidos pela idéia fixa de que podem mover o mundo. Apaixonados, esquecem a hora do almoço e do jantar: estão preocupados com as múltiplas fomes que, de múltiplas formas, debilitam as inteligências.
As professoras apaixonadas descobriram que há homens no magistério igualmente apaixonados pela arte de ensinar, que é a arte de dar contexto a todos os textos.Não há pretextos que justifiquem, para os professores apaixonados, um grau a menos de paixão, e não vai nisso nem um pouco de romantismo barato. Apaixonar-se sai caro!
 Os professores apaixonados, com ou sem carro, buzinam o silêncio comodista,dão carona para os alunos que moram mais longe do conhecimento, saem cantando o pneu da alegria. Se estão apaixonados, e estão, fazem da sala de aula um espaço de cânticos, de ênfases, de sínteses que demonstram, pela via do contraste, o absurdo que é viver sem paixão, ensinar sem paixão.
Dá pena, dá compaixão ver o professor desapaixonado, sonhando acordado com a aposentadoria, contando nos dedos os dias que faltam para as suas férias, catando no calendário os próximos feriados.

Os professores apaixonados muito bem sabem das dificuldades, do desrespeito,das injustiças, até mesmo dos horrores que há na profissão.
 Mas o professor apaixonado não deixa de professar, e seu protesto é continuar amando apaixonadamente.
 Continuar amando é não perder a fé, palavra pequena que não se dilui no café ralo, não foge pelo ralo, não se apaga como um traço de giz no quadro. Ter fé impede que o medo esmague o amor, que as alienações antigas e novas substituam a lúcida esperança. Dar aula não é contar piada, mas quem dá aula sem humor não está com nada, ensinar é uma forma de oração. Não essa oração chacoalhar de palavras sem sentido, com voz melosa ou ríspida. Mera oração subordinada, e mais nada.

Os professores apaixonados querem tudo.Querem multiplicar o tempo, somar esforços, dividir os problemas para solucioná-los. Querem analisar a química da realidade.Querem traçar o mapa de inusitados tesouros.
Os olhos dos professores apaixonados brilham quando, no meio de uma explicação, percebem o sorriso do aluno que entendeu algo que ele mesmo, professor, não esperava explicar.
A paixão é inexplicável, bem sei. Mas é também indisfarçável.

As canções que você fez pra mim

Hoje eu ouço as canções que você fez ora mim
Não sei porque razão tudo mudou assim
Ficaram as canções e você não ficou
Esqueceu de tanta coisa que um dia me falou
Tanta coisa que somente entre nós dois ficou
Eu acho que você já nem se lembra mais

É tão difícil olhar o mundo e ver o que ainda existe
Pois sem você, meu mundo é diferente, minha alegria é triste
Quantas vezes você disse que me amava tanto tanto
Tantas vezes eu enxuguei o seu pranto
Agora, eu choro só sem ter você aqui.

[...]

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Palavreando

Os venenos da vida correm nas mãos de quem mais amamos e os grandes remédios de meros desconhecidos. 
Interiorizemos esta cruel realidade. O pensar em forma de escrita é um bom remédio para os males do mundo 
interior. Não ter medo de olhar para dentro de nós próprios.

Cry me a river

Agora você me diz que está sozinha
E eu te digo que partilho do mesmo estado
Onde você pode chorar como um rio?
Eu, sim, chorei um rio apenas por você.

domingo, 29 de maio de 2011

Falsa bondade, real maldade.

 Um domingo normal, um dia normal e recebo uma notícia que parece a cada dia mais normal em nossa sociedade. O jovem Ká Stock foi encontrado morto, vítima de um brutal assassinato na cidade de Natal (estupro, estrangulamento e esfaqueamento). E de onde vem todo esse ódio aos gays? E que direito esses "seres humanos" tem de tirar a vida de outra pessoa? Por que os gays incomodam tanto a esse tipo de gente?

É triste, frustrante, incômodo... maligno. O Ministério da Educação decide distribuir um kit anti-homofobia, isto é, que ensina a importância de conviver e respeitar o diferente, o outro, aquilo que não seguimos, mas nem por tal motivo devemos censurar ou repudiar. Resultado? Milhares de evangélicos unem-se contra a medida do governo federal alegando que a medida vai contra os "preceitos divinos", nega a existência de um "Deus maior" e "descumpre as leis bíblicas". Danem-se todos! Que tipo de pessoas você são? Pergunto-me, então, que amor e que Deus é este que preferem a morte de pessoas de carne e osso, filhos do mesmo Deus? Não tenho dúvidas de que essas pessoas que tanto defendem a ideia de o homossexualismo não ser um distúrbio pecaminoso não encontrarão sequer um recanto junto a Deus, ao verdadeiro, onipotente, onipresente e onisciente. O que vocês, meus caros, tanto prezam em vossas igrejas adornadas com as mais belas peças e decorações oriundas da ganância e da ambição humanas (que ironia, não?) jamais será a verdadeira vontade divina. Vocês transpiram maldade - e o pior, uma maldade velada, encoberta pela "obediência" aos mandamentos bíblicos.

Em uma canção que costumo ouvir em meus momentos de solidão e divagações, a intérprete usa da seguinte frase: "Na bondade mora a força". Sim, acredito nisso e confio que nos ínfimos pingos de bondade e amor que permeiam os poucos corações sublimes da humanidade haja também força de lutar contra a disseminação da ignorância e do desamor ao outro. É isso mesmo! É esse "outro" ao qual devemos respeito e amor, esse "outro" é nosso irmão também. Se o "outro" beija a boca de um homem ou de uma mulher não importa. É um detalhe minúsculo diante da imensidão da lição deixada por Jesus dentre os humanos: "ama o teu próximo!". Aos corações duros, impiedosos e desprovidos de sensibilidade humana, "ama o teu próximo". Não discrimina, não humilha, não mata o teu próximo, o "outro".

Sinto que as dores maiores de todos aqueles que deixaram as vidas aqui pelas mãos de gente má e cruel não foram as das balas perfurando a carne viva e pulsante, não foram as cutiladas com facas afiadas fazendo jorrar o sangue, não foram sequer os estupros forçados, doloridos e humilhantes. A maior das dores é saber os motivos reais pelos quais se passou por todo o resto. A dor mais cruel é a de saber que você é visto como um produto do diabo, uma manifestação de outro mundo, que merece ser combatida com ódio, ódio e ódio, mas com doses extras de humilhação e retaliação social.

Acordem deste sono de hipocrisia, preconceito e negligência. Por favor, saiam desse mar de desamor e ignorância. Tentem imaginar (porque sentir é improvável demais) a dor que ataca o coração e o espírito da mãe do jovem Ká Stock e de todos os outros que morreram e ainda morrerão nas mãos de gente sem amor. Tentem enxergar além do que todos vêem - provem a liberdade, vejam com olhos livres. Quanto sangue e dignidade ainda terá de ser derramado em detrimento de uma ideologia macabra de expurgar a sociedade de homossexuais, sejam eles homens ou mulheres? 

Já temos problemas demais aqui embaixo. 
Não façam desse mundo algo pior do que ele já vem se transformando.
Sejam humanos. "Amai o teu próximo."

Nota especial: De acordo com informações oficiais fornecidas pela equipe de reportagem da InterTV e por um amigo pessoal de Ká Stock, o corpo do jovem de 19 anos foi encontrado hoje (29) pela parte da manhã em uma granja próxima a São Gonçalo do Amarante. O jovem estava voltando pra casa por volta da meia noite de uma festa com amigos, quando deixou-os em casa e saiu caminhando até sua residência. De acordo com amigo da vítima que testemunhou quando o corpo foi encontrado, sinais de estrangulamento, estupro e esfaqueamento estavam no local, além de ter tido os dentes quebrados e de ser encontrado com a boca cheia de terra, e sem roupa íntima.

Então, diante disso será que as campanhas contra os direitos dos homossexuais continuarão firmes e fortes? Tenho medo da resposta, sinceramente. Mas não vou me desviar do essencial - "Na bondade mora a força" - "Amai teu próximo".